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Arroz branco: descubra qual é a melhor marca do mercado

A PROTESTE testou 16 marcas de arroz do tipo branco e quase todas têm boa qualidade. Porém, é preciso ficar atento pois em uma marca foram encontrados insetos vivos tornando o alimento impróprio ao consumo. 

28 janeiro 2016

 

A PROTESTE testou 16 marcas de arroz branco e apenas uma marca foi desclassificada. O restante teve boa avaliação, sendo que uma delas obteve o melhor desempenho. Confira tudo sobre o teste de arroz branco e descubra quais foram as melhores do teste.

Quanto ao tempo de cozimento, todas as marcas foram aprovadas. Neste teste, verificamos se todos os grãos cozinham de maneira uniforme em 12 minutos. 

O resultado também foi positivo na verificação da capacidade de expansão, que mede o rendimento do produto. Todos passaram na avaliação, mas os dois melhores neste item são Prato Fino e Camil, que chegam a ter um rendimento quase três vezes superior ao volume inicial (arroz cru).

Grãos estão livres de insetos 

Na classificação vegetal – quando são verificadas a qualidade dos grãos e a presença de insetos –, a única marca que não está em conformidade com a denominação tipo 1 é a Solito, que tinha insetos vivos dentro da embalagem. Os outros produtos não apresentaram problemas na análise de grãos, estando, portanto, dentro do que se espera do alimento.

Outra característica que testamos foi a umidade. De acordo com a norma estabelecida pelo Ministério da Agricultura, o grau máximo de umidade tem que ser de 14%.

A maioria das marcas avaliadas está dentro desse padrão, mas algumas apresentam índices um pouco acima do permitido. Nesses casos, estão os produtos Carrefour, Granfino, Super Máximo, Namorado, Rosalito e Tio João, cujos graus variam entre 14,1% e 14,4%. Apesar disso, essas marcas foram consideradas aceitáveis.    

Alimento não causa dano à saúde

Em 2013, uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP) identificou a presença de arsênio no arroz brasileiro – um problema, aliás, detectado no mundo todo, porque o arroz absorve o arsênio do solo muito mais do que a maioria das plantas. 

Diante do resultado da análise da USP, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, no mesmo ano, um teor máximo permitido para esse elemento químico no arroz. 

E a boa notícia é que todas as amostras de nosso teste ficaram abaixo do limite de tolerância da atual legislação. A informação é extremamente relevante, porque, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo elevado do arsênio pode causar diabetes, câncer, lesões na pele e doenças cardiovasculares.

Na análise de sabor, preparamos o alimento de acordo com as instruções contidas nos rótulos. Nesse quesito, Albaruska, Prato Fino e Rosalito foram os que se saíram melhor. O primeiro recebeu nota 7,5 e os outros dois, 7,4, numa escala de um a nove.

Rótulos têm informações completas

Verificamos ainda se os rótulos continham as informações previstas por lei – classificação (classe, tipo, etc.), número do lote, denominação do produto, CNPJ e endereço da empresa embaladora e do fabricante. A maioria traz todos esses dados, incluindo até aqueles não exigidos pela legislação.

Todos os testados possuem rótulos muito completos. Apenas dois não informam a data do empacotamento (não é obrigatório por lei), o Blue Ville e o Carrefour. Observamos também que, apesar de obedecerem à legislação, Carrefour e Qualitá possuem rótulos com letras muito pequenas, o que dificulta a leitura. 

Outras marcas, como Namorado, Rosalito e Tio João,  tinham o número do lote e validade um pouco apagados. O Ouro Nobre informa o telefone junto ao endereço, mas não o caracteriza como SAC. Já a Granfino dá uma receita, sem revelar o modo de preparo.  

Durante os testes, percebemos que grande parte dos rótulos trazem informações de qualidade e nutricionais em destaque. Encontramos frases como: "grãos selecionados", "100% natural", "polimento natural, água potável", "sempre soltinho", "soltinho, branquinho, e saboroso" e "grãos nobres". 

No entanto, não há nada que comprove a veracidade de tais informações. Além disso, elas podem confundir o consumidor, que é levado a acreditar que um produto na prateleira é melhor do que o outro apenas por esses dados.  

Confira o resultado do teste de arroz branco

Prato Fino foi a marca que se saiu melhor em todas as análises e teve o melhor rendimento (capacidade de expansão). Ele é saboroso, o preço é acessível (o mais barato entre as marcas testadas) e cumpre todas as normas legais. O valor do pacote de arroz da marca Prato Fino varia de R$ 1,78 até R$ 3,28.

 

PROTESTE alerta

A PROTESTE encontrou insetos vivos (carunchos) no arroz tipo 1 da Solito, o que nos levou a enviar os resultados ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, pedindo a fiscalização do fornecedor, uma vez que, de acordo com a legislação, o produto é considerado impróprio ao consumo humano. 

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