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Financiamento de carro zero: pesquise

1 junho 2012
Financiamento de carro zero: pesquise

Antes de fechar um negócio, busque as opções disponíveis no mercado para poder optar por aquela que ofereça as melhores condições.

Com a atual redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para automóveis, muita gente se animou para trocar de carro ou para comprar o tão sonhado zero quilômetro. Mas antes de cair na tentação dos anúncios publicitários, pesquise os financiamentos disponíveis no mercado. Nosso mais recente estudo sobre o assunto identificou várias armadilhas por trás desse tipo de negócio, como cobranças extras e o falso juros zero.

Para a atual pesquisa, escolhemos quatro modelos de veículos populares (Celta, Palio, Fiesta e Gol), todos com motor flex 1.0. E simulamos o financiamento via crédito direto ao consumidor (CDC) oferecendo 40% de entrada, e parcelando os outros 60% em 24 e 48 meses. As simulações foram feitas nas quatro maiores montadoras do país e em oito bancos comerciais.

Com esses cenários em mãos, verificamos que as condições de financiamento variam bastante a depender do modo como você deseja pagar pelo carro. Para o Gol, por exemplo, se o financiamento for em 24 meses, as melhores opções são Itaú e Banco do Brasil. Mas se optar por 48 parcelas, o melhor é o Santander.

Fique atento ao custo efetivo total

Verificamos também que um mesmo carro pode ter condições bem diferentes a depender da instituição. Foi o que aconteceu ao tentarmos financiar 60% do valor do Celta em 24 parcelas.

Se você optar pelo financiamento da montadora em uma concessionária GM, o CET (Custo Efetivo Total) é de 52,05% ao ano. Já na Caixa Econômica Federal, o CET encontrado para o mesmo carro foi de 21,49%21,49% ao ano. Essa diferença corresponde a uma parcela de R$ 1.043 no primeiro caso, e de R$ 845 na segunda alternativa. Se você escolher a opção mais cara, ao final do financiamento terá pago R$ 4.761 a mais.

Situações como essa reforçam nosso conselho: pesquise as condições de financiamento em todos os locais possíveis. Com diferentes propostas em mãos, o poder de barganha aumenta e fica mais fácil fechar o melhor negócio. Lembre-se, financiamento é um relacionamento de longo prazo. E só recorra a ele, se realmente não puder pagar pelo carro à vista. Mas tente sempre dar uma entrada, para diminuir o número de parcelas e as taxas de juros.

Leia o estudo completo na revista Dinheiro & Direitos nº 38.

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