Notícia

Cadastro positivo sem resultados após dois anos

28 julho 2015

Para a PROTESTE o poder de barganha do consumidor não se tornou realidade com os juros elevados.

A concessão de juros mais baixos para quem está com as contas e financiamentos em dia era o principal argumento dos defensores da criação do Cadastro positivo. Mas passados dois anos, os 2 milhões que se cadastraram têm que se submeter a juros elevados e crédito restrito. O cadastro faz um raio X dos consumidores, com o histórico de seus pagamentos. 


A PROTESTE, desde a discussão sobre a implantação do cadastro, tinha dúvidas se o banco de dados conseguiria, de fato, cumprir seu objetivo de reduzir o spread. O cadastro ainda não é uma realidade do mercado de crédito, pois não conseguiu atingir o volume de adesões previsto inicialmente. 


Seduzido com a promessa de ter condições melhores que a média na hora de fazer um crediário ou de pedir um empréstimo, há bom pagador que aderiu e reclama da avalanche de ofertas de financeiras e bancos que passou a receber, mas com juros elevados. 


A preocupação da Associação é quanto a falta de controle sobre os dados disponibilizados pelo consumidor que são compartilhados. “É importante o consumidor estar bem informado de que o cadastro é optativo e que não pode ser pressionado a aderir para obter o crédito”, explica Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da PROTESTE. 


As instituições financeiras passaram a ser obrigadas, desde 1º de agosto de 2013, a enviar aos bancos de dados do Cadastro Positivo o histórico de crédito de clientes que aderiram. 


O cadastro é feito em bancos e financeiras ou nos postos dos administradores dos cadastros como Serasa, Boa Vista e SPC Brasil. 


A qualquer momento o consumidor tem direito de consultar as informações, corrigi-las ou, se voltar atrás, sair do cadastro. A empresa tem prazo de sete dias fazer a mudança ou excluí-lo do cadastro.


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