Levamos ao laboratório quatro modelos de adegas com compressor para avaliar itens como segurança, limpeza, usabilidade, estabilidade da temperatura, entre outros. O resultado foi desanimador. Apenas o modelo de 31 garrafas da Brastemp (BZB31AEANA) ficou na linha de bom produto, sendo a nossa melhor do teste. Mas por conta do preço elevado (entre R$1.890 e R$ 2.499 – em fevereiro de 2014) não a indicamos como escolha certa. As outras três adegas (Philco, Electrolux e GE) ficaram apenas com conceito aceitável.
Durante o teste, verificamos que nenhuma das adegas possui controle de umidade. Uma medição importante, pois caso o ambiente esteja abaixo de 60% (o ideal é estar entre 60% e 70%) pode haver ressecamento da rolha e oxidação do vinho. Sem esse controle, as adegas se assemelham aos refrigeradores, que não é o lugar ideal para conservar a bebida.
E somente o modelo da Brastemp possui duas zonas de temperatura, chamada de Dual Zone. Com esse sistema, é possível controlar a temperatura de dois locais da adega, favorecendo a guarda de vinhos diferentes, como tintos e brancos. Contudo, não possuir essa diferenciação não impede que você guarde vinhos diferentes na mesma adega, desde que a mantenha entre 12ºC e 14ºC e ajuste a temperatura na hora de consumir.
Não recomendamos as termoelétricas
A nossa análise foi realizada apenas com adegas com compressor e há uma boa razão para isso. É que esse tipo de refrigeração consegue reduzir bastante a temperatura interna em relação ao ambiente. O que não ocorre com as adegas termoelétricas (mais baratas e com mais modelos disponíveis), que funcionam através da troca de calor. Por isso, são planejadas para climas em que a temperatura não ultrapassa os 25ºC, inadequadas ao clima da maior parte do Brasil.