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Produtos

Chance de economizar atrai para o consumo colaborativo

01 fev 2016
Pesquisa da PROTESTE aponta satisfação com esta modalidade de compartilhamento de produtos e serviços.
A chance de poupar é um grande incentivo à adesão ao consumo colaborativo, principalmente em período de crise econômica. Foi o que constatou pesquisa da PROTESTE Associação de Consumidores com 676 pessoas, em que 88% delas já participaram de alguma atividade relacionada ao consumo colaborativo. E 32% dos entrevistados foram atraídos pela possibilidade de economizar.


Quase metade (48%) apontou a economia como estímulo para aderir à carona solidária, por exemplo. E 76% já venderam ou compraram produtos usados.

Mesmo entre os que ainda não participaram, 59% desejam ter tal experiência no futuro próximo. Ainda que apontem a falta de confiança entre as pessoas como razão que mais impediu de participar de ações de consumo coletivo.

Além da compra, venda, doação ou troca de artigos usados, as experiências colaborativas ligadas ao transporte e a acomodação são as mais comuns, segundo os entrevistados. Do total, 33% já se hospedaram fora de um hotel e 25% já pegaram carona em algum trajeto ou dividiram o custo da gasolina com um colega de trabalho, por exemplo. E 86% disseram que participam de alguma iniciativa para reaproveitar produtos. 

Os entrevistados que participam de iniciativas de consumo colaborativo se disseram bastante satisfeitos com os resultados. Apenas 3% deles afirmaram estar muito insatisfeitos com a última experiência em transporte; 7% com a última experiência em acomodação; e 4% com a última experiência com produtos de segunda mão. O nível de satisfação mais alto se dá com a compra e venda de artigos usados, em que, em uma escala de zero a dez, a média da nota de satisfação é de 8,5.

As compras coletivas, aquelas em que várias pessoas adquirem cupons para ter acesso a algum produto ou serviço com desconto, ou em que as pessoas se juntam para comprar produtos em grande quantidade por preços menores, já se consolidaram. Entre os entrevistados, 20% relataram ter participado ao menos uma vez de uma compra coletiva.

O objetivo do levantamento foi avaliar o conhecimento, a satisfação e o que motiva as pessoas a adotar o consumo colaborativo. A PROTESTE tem um Guia da Vida Colaborativa com indicações de plataformas digitais que promovem o compartilhamento de produtos e serviços. Como o Código de Defesa do Consumidor não regula atividades entre pessoas físicas é preciso ficar atento a todos os detalhes destas partilhas.

Novas modalidades

O Uber também se encaixa nas novas modalidades de consumo colaborativo, já que os motoristas não são taxistas licenciados, mas pessoas físicas que se oferecem para o serviço, intermediado por um aplicativo.

O Uber foi usado por 10% dos entrevistados, mas 79% tinham ouvido falar a respeito dele. Curiosamente, apenas 5% dos respondentes afirmaram já ter participado de alguma iniciativa de "banco de tempo", mas 63% afirmaram já ter ouvido falar dele.

Já a nova "vaquinha", o financiamento coletivo, era conhecido por 57% dos entrevistados, tendo sido usado por 26% deles.

Mesmo quem tem dinheiro para adquirir o que necessita ganha com essa troca, ao reduzir o descarte de produtos, os gastos com energia e água na produção, a derrubada de árvores, ou seja, a degradação ambiental. 

Os aplicativos e sites facilitam para pessoas desconhecidas participarem de experiências de consumo colaborativo em comum. Há diversos sites e aplicativos criados com a finalidade de fazer a ponte entre pessoas com o mesmo interesse, como o Couchsurfing. Essa rede social conecta pessoas dispostas a abrigar alguém e gente em busca de um abrigo durante uma viagem.

Outro bom exemplo é o site brasileiro Elo 7, que exibe o trabalho de milhares de artesãos, fazendo a ponte entre eles e os consumidores. Nessas plataformas, os usuários também podem dar notas aos membros pelos serviços prestados (no caso do Elo 7) e pela hospitalidade e relação com o hospedado (no caso do Couchsurfing).

As iniciativas de consumo coletivo se dividem entre três modalidades: aquelas em que o consumidor pode ter acesso a um produto ou serviço sem possuí-lo ou comprá-lo; as iniciativas que passam adiante produtos e as iniciativas em que as pessoas trocam bens intangíveis, como o tempo e a expertise. As iniciativas podem envolver ou não a troca monetária, mas devem ser justas para todos. E não estão necessariamente atreladas à tecnologia e ao mundo online.