Medicamentos genéricos são confiáveis?

Medicamentos genéricos são confiáveis?

Veja o que pensam os médicos

Em nossa primeira pesquisa sobre o assunto em 2011, ouvimos a opinião de médicos e pacientes sobre o uso de medicamentos genéricos. O estudo revelou, na época, que a população confiava nesse tipo de remédio, já a classe médica demonstrou um pouco de receio. Dessa vez ouvimos apenas os médicos. E o resultado foi semelhante: eles receitam os genéricos, mas com ressalvas quanto à confiança e eficácia dos mesmos.

91% dos participantes da pesquisa não recebem informações ou comunicados da Anvisa sobre genéricos, e resta aos médicos tirar suas conclusões baseando-se no feedback que os pacientes dão ao longo do tratamento com o medicamento genérico (42%) e na conversa com os colegas de profissão (29%). Ou seja, ainda que a população confie no genérico, o retorno que é dado aos médicos parece não convencê-los de sua eficácia e segurança.

Médicos são favoráveis ao uso

A maioria dos respondentes (58%) receita o medicamento genérico com frequência enquanto apenas 4% nunca o prescrevem. De modo geral, os médicos participantes são favoráveis ao uso desse tipo de remédio. Para 56% deles, os genéricos são tão eficazes quanto seus equivalentes de marca. E 64% não acreditam que eles possuem mais efeitos colaterais do que os de referência.

Mesmo assim, 59% dos entrevistados preferem receitar um medicamento de marca a um genérico. Nos últimos 12 meses, apenas 6% dos respondentes não receitaram medicamentos genéricos contra a maioria esmagadora de 93% que prescreveram.

Os médicos que não costumam receitar, ainda que minoria, não o fazem por quatro principais razões: o paciente não concorda em tomar genéricos, o paciente prefere o medicamento de marca, os de marca são mais fáceis de encontrar e por não ser política da unidade de saúde onde trabalha receitar esse tipo de remédio.


Há insegurança com genéricos em alguns casos

Constatamos ainda que a maioria dos médicos respondentes receitam os genéricos por conta própria. Mas e se o paciente os solicitar? Nesse caso, 70% acatariam o pedido e receitariam, embora alguns com ressalvas. Entre eles, 30% explicariam que os de marca são mais confiáveis, 26% diriam que os de marca são mais eficazes e 15% receitariam sem restrições.

Contudo, 15% dos participantes não receitariam o genérico, mas explicariam ao paciente que ele pode solicitar na drogaria se desejar. E outros 15% não acatariam o pedido do paciente de modo algum. A insegurança dos médicos em relação aos medicamentos genéricos torna-se ainda mais forte quando o paciente possui algumas doenças específicas.

Antibióticos (80%), antidepressivos (40%), anti-hipertensivos (35%), antidiabéticos (29%) e ansiolíticos (28%) são as classes de medicamentos para as quais os médicos respondentes mais evitam prescrever genéricos. E, para 51% dos entrevistados, o grau de enfermidade do paciente também vai influenciar na decisão de prescrever genéricos. Ao lado, você lê alguns comentários feitos pelos médicos participantes a respeito desse tipo de medicamento.

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