Quando você pega um produto da prateleira do supermercado, consegue entender o que está escrito no rótulo? Os valores que vai encontrar em um iogurte ou no seu biscoito favorito, por exemplo, correspondem aos teores de açúcar, gordura e sal, entre outros nutrientes. No entanto, como saber se está consumindo essas substâncias em quantidades aceitáveis?
Estudos científicos mostram que a atual tabela nutricional é de difícil compreensão. Isso acontece porque a tabela está em um formato pouco atrativo e exige esforço do consumidor, conhecimento nutricional e tempo para ser entendida e utilizada. É por isso que, desde 2014, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mantém um grupo de trabalho com entidades envolvidas no tema, entre elas, a PROTESTE, que visa propor soluções para melhoria da informação nutricional no Brasil.
Sendo assim, após reunião da Anvisa com o grupo em agosto, ficou definido que esse trabalho deve ser transformado em uma proposta de padronização ainda este ano para melhorar o rótulo dos alimentos. O objetivo é facilitar o entendimento dos consumidores sobre as informações nutricionais nas embalagens dos alimentos.
As propostas iniciais, que estão em discussão, baseiam-se em dois eixos principais: o uso do sistema de semáforo com cores, que sinalizam se algum ingrediente está em excesso no produto, e o uso de símbolos com advertência sobre algum ingrediente em excesso que pode fazer mal. Os modelos de rotulagem frontal, que viriam na frente da embalagem, são adaptações dos padrões utilizados no Reino Unido (semáforo) e no Chile (advertências), principalmente. Porém há ainda outros modelos que podem ser usados no Brasil.