Tem salmonella e listeria na carne que você consome. Esse foi o resultado de um teste feito pela PROTESTE com 26 amostras de carne bovina, embutidos e cortes de frango, adquiridas em redes de supermercados no Estado de São Paulo. Entre outras consequências, o consumo de produtos contaminados pode causar vômitos, diarreias e, em alguns casos, dependendo do microrganismo e das suas quantidades, pode matar pacientes mais sensíveis, como gestantes, idosos e recém-nascidos.
A PROTESTE avaliou os produtos após inúmeros pedidos de associados, logo após a deflagração da chamada Operação Carne Fraca. O Ministério da Agricultura também fez análises laboratoriais e encontrou problemas. Veja em quais lotes encontramos problemas:
Salmonella em contrafilé
Encontramos Salmonella sp em uma amostra de contrafilé da Friboi JBS, contrariando a exigência de ausência em 25g do produto. Hambúrgueres da empresa Transmeat avaliados pelo Ministério da Agricultura também apresentaram contaminação por essa bactéria.
A presença desse microrganismo revela, provavelmente, uma contaminação durante as operações de abate, processamento e embalagem.
Outras cinco amostras continham listeria
Contrafilé Naturafrig, picanha Fri Alto e Better Beef, fraldinha Marfrig e filé de peito de frango Seara continham listeria. Isso equivale a quase um quarto das amostras analisadas!
A listeria provoca listeriose, uma infecção alimentar que afeta, principalmente, pacientes com baixa imunidade, gestantes, idosos e neonatos, levando a uma alta taxa de mortalidade, que varia entre 20 e 30%. Indivíduos saudáveis, fora da gestação e que estão com a imunidade normal são altamente resistentes a essa infecção.
Os sintomas da listeriose parecem com o da gripe, somados a diarreia e febre moderada – mas pode ser que esses sinais sequer apareçam. Você também pode carregar a bactéria por anos sem manifestar a doença.
No Brasil, infelizmente, não há norma regulando a presença de listeria em carne. Para a PROTESTE, a norma deveria, no mínimo, exigir ausência da bactéria em 25g/amostra.
A PROTESTE enviou a pesquisa a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) exigindo uma maior fiscalização e ao MAPA pedindo mais detalhes sobre todos os produtos coletados, informações de SIF, resultados de todos os produtos avaliados e esclarecimentos sobre quais medidas serão tomadas.
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