A PROTESTE avaliou seis marcas de tender e verificou que existem bons produtos no mercado, desde que consumidos com moderação. Esse produto nada mais é que um presunto defumado, obtido dos cortes do membro posterior de suínos. E, como todos os embutidos à base de carne, tem muito sal.
Quanto à rotulagem, as informações no tender Sadia, devido ao seu formato de embalagem, não são de fácil leitura e compreensão antes da compra. Sadia, Seara e Rica não trazem o lote, informação que a Proteste julga importante, pois, quando há um problema com parte da produção, ele possibilita rastrear facilmente o grupo comprometido.
Uma boa notícia é que os teores de nitrato e nitrito de sódio, aditivos utilizados para maturar e conservar a carne, além de fixar sua cor, estavam dentro do permitido pela legislação.
Na higiene, encontramos no Seara um pouco mais de bolores e micro-organismos indicadores de falhas de conservação que nos demais, mas nada que possa fazer mal à saúde de quem consome.
Os produtos testados não possuem um alto percentual de gordura. Porém, existe uma diferença significativa entre as marcas testadas. Os produtos com menos gordura são o Sadia e o Rica. Mas a questão nutricional que realmente preocupa nos tenders é o excesso de sal.
Todos os produtos testados apresentaram teores elevados de sal. A porção de 100 g, que equivale a algo em torno de duas a quatro fatias, já representa, em média, metade de todo o sal que você poderia consumir por dia. Os que têm nível um pouco mais baixo são o Aurora, o Perdigão e o Seara, mas, mesmo assim, todos acima de 2 g.
Ou seja, hipertensos devem ficar longe do tender e, quem não tem problemas com o consumo de sal, não deve ingeri-los com frequência. Não por acaso, no painel de consumidores, apesar de agradarem, os produtos foram considerados "muito salgados".