Comida japonesa avaliada em SP é segura

Nossa avaliação mostra que sushis e sashimis servidos por restaurantes nos shoppings da capital paulista não oferecem riscos à saúde. Porém, conservação e higiene dos alimentos podem melhorar.
A comida japonesa da cidade de São Paulo é segura para o consumo. Essa é a conclusão de nossa avaliação de 30 restaurantes, japoneses ou não, que servem sushis, sashimis, hossomakis e outros alimentos crus típicos dessa culinária em shopping centers espalhados pela capital paulista.
De 60 amostras, só duas contêm micro-organismos nocivos acima do limite
Das 60 amostras que analisamos, apenas duas – dos estabelecimentos Japengo (Shopping Iguatemi) e Noryko Light (Shopping Eldorado) – continham micro-organismos em quantidade ligeiramente acima da tolerada por lei, os quais podem causar malefícios à saúde como intoxicação alimentar com sintomas como vômitos, diarreia e febre.
Mas a contaminação não acontece necessariamente durante o preparo da comida na cozinha do restaurante. Pode se tratar de uma contaminação ambiental ou ocorrida durante a captura dos peixes, nos próprios barcos peixeiros.
Bactérias encontradas, mas em quantidades não maléficas à saúde
No restaurante Taiyang (Shopping Morumbi), encontramos bactérias, como Bacillus cereus e estafilococos coagulase positiva, que podem causar doenças, mas em quantias baixas que dificilmente seriam nocivas à saúde. Já os estabelecimentos Viena (Shopping JK Iguatemi) e Gendai (Shopping Eldorado), sem coliformes totais, foram considerados muito bons.
Resultados são satisfatórios, mas conservação e higiene podem melhorar
Os resultados sugerem, principalmente, alguma falta de cuidado com a conservação e a higiene no transporte e no preparo desses alimentos crus. Por isso, a higiene pode, sim, melhorar, embora os resultados sejam satisfatórios no panorama geral.
Confira algumas dicas para degustar seu sushi ou sashimi sem sustos.
- O restaurante não deve ter cheiro forte. Se tiver, é sinal de falha na temperatura de armazenamento. Na dúvida, visite a cozinha.
- Atenção a sinais que indiquem falta de higiene, como presença de insetos e sujeira no chão ou nas vestimentas de funcionários.
- Verifique se o restaurante tem boa rotatividade. Assim, o tempo de exposição do peixe diminui.
- Observe a higiene pessoal e a atitude do manipulador: unhas curtas e limpas, barba feita ou aparada. A pessoa não deve tossir, espirrar ou falar em cima dos alimentos.
- Quem manipula os alimentos deve usar toucas para evitar que caia cabelo na comida.
É importante ressaltar que os resultados apresentados refletem a situação dos estabelecimentos apenas no período em que as análises foram conduzidas.