Indústria terá um ano para alertar sobre ingredientes alergênicos nos rótulos
Anvisa deu prazo de um ano para adequação das embalagens de alimentos às novas regras de rotulagem de alergênicos. A mudança é essencial para garantir a saúde do consumidor alérgico a determinados ingredientes capazes de provocar alergia.

Enquanto as rotulagens não mudam, você pode aproveitar as informações da Cartilha da Alergia Alimentar feita pela PROTESTE em parceria com a campanha "Põe no Rótulo".
O que muda na rotulagem dos produtos
Segundo o regulamento – que abrange alimentos e bebidas – os rótulos deverão informar a existência de dezessete alimentos: trigo (centeio, cevada, aveia, etc.) crustáceos, ovos, peixes, amendoim, soja, leite de todos os mamíferos; amêndoa, avelã, castanha de caju, castanha do Pará, macadâmia, nozes, pecã, pistaches, pinoli e castanhas, além de látex natural.
A atual rotulagem de produtos muitas vezes não traz a informação clara de quais substâncias alergênicas estão contidas no alimento, já que muitos rótulos contêm termos que não são conhecidos pela população. Palavras como caseína e albumina, embora corretas do ponto de vista técnico, não informam claramente ao consumidor que esses ingredientes são derivados do leite e do ovo, respectivamente.
Com isso, os derivados desses produtos devem trazer a informação: "Alérgicos: Contém (nome do produto ou derivados de produto que causam alergias alimentares". Nos casos em que não for possível garantir a presença de qualquer alérgeno alimentar não adicionado intencionalmente, o rótulo deve ter a declaração "Alérgicos: Pode conter (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares)".
Essas advertências, segundo a norma, devem estar agrupadas imediatamente após ou logo abaixo da lista de ingredientes e com caracteres legíveis, em caixa alta, negrito e cor contrastante com o fundo do rótulo.

Mobilização em campanha impulsionou mudança
Para agilizar a mudança na rotulagem, foi importante a mobilização dos integrantes da campanha "Põe no Rótulo" apoiada pela PROTESTE, criada no Facebook em fevereiro do ano passado, por mães cujos filhos têm alergia alimentar.
A mobilização surgiu a partir da troca de informações online de mais de 700 mães. O objetivo é conscientizar a sociedade sobre os riscos que a falta de informações nos rótulos podem trazer para as pessoas que têm alergia. Dependendo do grau de sensibilidade, o alérgico pode ter choque anafilático, fechamento da glote, além de outras reações graves que podem levar à morte.
Em quatro meses de campanha, a campanha Põe no Rótulo já tinha mais de 60 mil curtidas em sua página do Facebook. No Brasil, 8% das crianças têm alergia alimentar, segundo estimativa da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia.
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