Peixe panga: como fizemos o teste

Nossa equipe de técnicos analisou cinco marcas disponíveis no Brasil para comprovar se esse pescado tem boa higiene e se é isento de contaminantes.
Compramos, em setembro de 2014, em supermercados e hipermercados da cidade de São Paulo, cinco marcas de peixe panga: Buona Pesca, Costa Sul, Leardini, Bom Peixe e Peixes Megg’s.
Levamos esse pescado ao laboratório para saber ele é mesmo criado em condições insalubres, alimentado por dejetos e restos de comida e, consequentemente, impróprio para o consumo. Fizemos análises de higiene e de contaminantes presentes nas amostras de peixe.
Higiene do panga é adequada
Observamos dois pontos: a microbiologia e a presença de materiais prejudiciais à saúde humana.
Verificamos a existência de coliformes totais e termotolerantes, além de micro-organismos Enterobacteriaceae, Escherichia coli, Bacillus cereus, Listeria monocytogenes, Estafilococcus coagulase positiva, Clostridium Sulfito redutor, Salmonella sp, Vibrio cholerae e Vibrio parahaemolyticus.
Não encontramos essas bactérias em nenhuma das amostras.
O bom resultado foi o mesmo na segunda análise: micro e macroscopia, ou seja, de matéria prejudicial à saúde humana e que indica a falta de boas práticas, como fragmentos de insetos, ácaros mortos e pelos de roedor.
Boato infundado: ausência total de metais pesados
Outra queixa contida nesses boatos é de que o peixe panga estaria repleto de nocivos metais pesados, como cádmio, arsênio, chumbo, mercúrio, antimônio, cromo, estanho, níquel, selênio, cobre e zinco. Entretanto, novamente, não encontramos indícios desses contaminantes nos produtos avaliados.
Nossa conclusão: peixe panga é bom e seguro – consuma-o!
O peixe panga comercializado no Brasil não possui problemas de higiene ou contaminantes químicos que comprometam a sua qualidade ou a segurança do pescado.
A equipe de especialistas da PROTESTE considera esses alimentos satisfatórios e recomenda o seu consumo, como boa e saudável fonte de proteína.