Durante todas as quartas-feiras do mês de julho, avaliamos os jornais O Globo, do Rio de Janeiro, e O Estado de S. Paulo, de São Paulo. O objetivo era analisar as publicidades de automóveis novos que são tradicionalmente veiculadas no caderno exclusivo de carros.
Avaliamos a publicidade de dez montadoras (Fiat, Ford, GM, Honda, Kia Motors, Nissan, Peugeot, Renault, Toyota, Citroën e Volkswagen) em busca, principalmente, de ofertas “sem juros” ou com “taxa zero”. Em seguida, entramos em contato, por telefone, com a concessionária que divulgou o anúncio para averiguar a existência do carro no estoque da loja, assim como os detalhes da promoção veiculada.
Por último, visitamos as concessionárias para nos certificar de que a propaganda estava sendo cumprida. Ao todo, visitamos 82 e 28% não tinham o carro que escolhemos na publicidade, apesar de, ao telefone, o vendedor ter informado que havia. A partir daí, começa um jogo para convencer o consumidor a levar um automóvel mais caro.
Outro exemplo de descumprimento de oferta é que 11% das concessionárias informaram preços maiores do que os anunciados nas publicidades. Além disso, em alguns anúncios, encontramos frases como “Na loja é melhor”, mas, ao chegarmos lá, não foi constatada qualquer vantagem.