Se você tinha dúvidas quanto à segurança do Ford Ka, já pode ficar mais confiante. O veículo teve melhor desempenho na etapa mais recente de testes de colisão do Programa de Avaliação de Veículos Novos para América Latina e o Caribe (Latin NCAP), que teve seus resultados apresentados hoje.
Além do Ka, foi avaliado o Hyundai Accent, que não é comercializado no Brasil.
2017: Ford Ka não é um carro seguro
Nesta etapa, o modelo da Ford recebeu três estrelas para adultos, um resultado superior ao do último teste, em outubro do ano passado, quando sua avaliação foi zero estrela nesse critério. A nota para a proteção do passageiro infantil, usando cadeirinha com sistema isofix, aumentou de três para quatro estrelas.
Maior proteção lateral em relação a 2017
O destaque nos testes com o Ka foi a melhora na proteção em simulações de impacto lateral.
Com os resultados desse teste, é possível perceber um esforço da fabricante em melhorar a segurança do modelo. No entanto, é importante ressaltar que a nota máxima concedida pelo programa é cinco estrelas.
Polo e Corolla ganham nota máxima em teste de segurança da Latin NCAP
A Ford passou a oferecer um carro com nível de segurança aceitável, porém, não é o considerado ideal pelo Latin NCap. “Quando comparamos com o Ford Ka vendido na Europa, vemos que o brasileiro continua inferior em termos de segurança e, ainda por cima, é mais caro”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral do Latin NCAP.
Modelo recebeu reforços na estrutura
A montadora decidiu melhorar o impacto lateral do Ka e patrocinar uma nova avaliação no modelo 2018, que recebeu reforços estruturais para a proteção contra impactos laterais e elementos de absorção de energia nas portas para a proteção dos adultos.
Essas mudanças estão disponíveis para os carros produzidos a partir de 12 de junho de 2018 (a partir do chassi 9B9BFZH55U7K8206502). Então, antes de efetuar a compra, peça para ver o número do chassi e confirme se é superior ao citado.
Renault Kwid: resultado positivo no Latin NCAP
Desse modo, o veículo obteve apenas três estrelas para adultos, em função da baixa proteção no peito durante a simulação de impacto lateral. Já a proteção para o ocupante infantil recebeu quatro estrelas, por oferecer boa proteção frontal e lateral. Vale ressaltar que os resultados deste teste são válidos tanto para a versão sedan, quanto para a hatch.
Foram usados nas simulações dois bonecos reproduzindo o peso e a altura média de uma criança de 3 anos e de um bebê de 18 meses. Ambos foram instalados utilizando ancoragens Isofix.
A cadeirinha do manequim de 3 anos foi instalada também com o sistema Top Tether. Já o boneco de 18 meses foi colocado com o suporte para as pernas.
De acordo com Furas, os novos resultados do Ka comprovam que entidades como o Latin NCAP, em conjunto com consumidores, são capazes de pressionar os fabricantes a melhorar a segurança e a qualidade dos veículos que produzem.
Para a Proteste, somente por meio desse tipo de avaliação, os consumidores podem ter certeza sobre o nível de segurança do carro que estão comprando.
Se o Latin NCap, uma entidade com recursos financeiros limitados, consegue influenciar um fabricante a mudar de forma voluntária a estrutura de um automóvel para alcançar uma classificação melhor, certamente, se esse tipo de avaliação fosse exigida para todos os veículos, teríamos carros muito mais seguros em toda a região.
Hyundai Accent: zero estrela na proteção de adultos
Fabricado na Coreia do Sul, o Hyundai Accent recebeu zero estrela para a proteção do ocupante adulto e uma estrela para o passageiro infantil.
Chevrolet Onix: nota zero em segurança
O impacto da cabeça com o volante e a alta compressão no peito do motorista explicaram a baixa pontuação para o ocupante adulto, apesar da estrutura estável. O Accent não oferece ancoragens Isofix, nem cintos de três pontos em todas as suas posições, o que explicaria o impacto sofrido pelo boneco de 3 anos e, consequentemente, a única estrela a respeito da proteção do ocupante infantil.
Na opinião de Furas, “os governos deveriam oferecer incentivos e promover a qualificação obrigatória de todos os automóveis vendidos em seus mercados, a fim de torna-los mais seguros”.
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