Notícia

Dívida no cartão custa até 654% ao ano

31 julho 2013

Utilizar o cartão de crédito é muito caro no Brasil, e o problema está nas taxas que as instituições cobram de seus clientes. Os juros dos cartões brasileiros são os mais altos comparados a qualquer outra taxa vigente no mercado. Veja como fugir das ciladas mais comuns para evitar dívidas.

Se você tem um cartão, mas ainda não entendeu como ele funciona, ou se você ainda não tem (e quer contratar um), leia com atenção o nosso estudo para escapar de problemas mais comuns do que você imagina. A primeira noção que precisa ter é que existem cartões para cada tipo de perfil de consumo e que os juros dos cartões no Brasil são os mais altos do mercado mundial. 

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Quando um cliente se interessa por um cartão de crédito, a instituição é obrigada a oferecer o produto básico (e ele pode optar pelo tipo básico ou diferenciado). O básico vale somente para pagamentos de contas, compras ou serviços, e o custo da anuidade deve ser sempre menor do que o do cartão de crédito diferenciado. Já com o cartão de crédito diferenciado você tem os mesmos benefícios do cartão básico, só que esse cartão está atrelado a programas de recompensas e benefícios. E ambos podem ser nacional ou internacional.  

Considere os custos antes de contratar. O primeiro é a anuidade, que nada mais é que o valor pago para obter o cartão. Você até pode ser isento da tarifa no primeiro ano; entretanto, a partir do segundo, as instituições geralmente cobram tarifas muito altas. O Hipercard é o único cartão que não cobra anuidade de fato. O Santander Free também não cobra, mas só se for usado todo mês. Caso contrário, você paga R$ 15 de mensalidade.

Existem quatro situações que você deve observar, e a primeira delas é o juro cobrado no rotativo (quando você paga só o mínimo da fatura, essa taxa recai sobre o valor restante). A maior taxa praticada no mercado é a do Hipercard (654,02% ao ano) – curiosamente, é o cartão mais acessível.

Os clientes do Ibicard Nacional pagam a segunda maior taxa (620,28% ao ano). As menores taxas praticadas foram as dos cartões Azul da Caixa Econômica Federal (49,37% ao ano) e do American Express Platinum Credit do Bradesco (59,92% ao ano). Entretanto, o cartão Azul da Caixa é impossível de contratar. 

Os juros da função saque são cobrados quando você saca o crédito disponibilizado pelo cartão. É como um empréstimo, no qual você arca com uma tarifa para cada saque. Os maiores juros foram encontrados no cartão Losango (628,02% ao ano).

Quando você parcela a fatura, também paga juros. Essa é uma forma de não entrar no crédito rotativo, mas não o aconselhamos a fazer isso, pois os juros chegam a 556,66% ao ano.  E, por fim, cheque os juros de parcelamento das compras – certifique-se de que o local oferece parcelamento sem juros, caso contrário serão cobradas taxas por isso. Os juros podem chegar a 429,47% ao ano no cartão American Express Gold Card, do Bradesco. Se realmente precisar comprar parcelado, só o faça se for sem juros.

É melhor entrar no cheque especial por um ou dois dias ou contratar um crédito pessoal – os juros serão menores – do que retirar dinheiro no cartão. Usar o cartão no exterior só vale a pena em situações de emergência, pois há a cobrança de algumas tarifas, entre elas 6,38% de IOF. Sem contar que você só saberá o valor da fatura quando ela chegar – se a cotação da moeda for maior do que na época das compras, poderá ser surpreendido.

Veja abaixo nossas dicas para usar seu cartão com cuidado:


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