Notícia

Crédito pessoal: taxas não compensam

18 março 2013

Só considere esse empréstimo se não tiver outra alternativa.


Hoje em dia, é muito fácil conseguir um empréstimo. A maioria dos clientes bancários tem disponível um valor aprovado por seu banco, que entra na sua conta corrente rapidinho, por meio do caixa eletrônico, do telefone ou da Internet. O problema é que as taxas continuam muito altas e não compensam sua contratação, conforme constatamos em nosso estudo mais recente.

Mas, se você realmente estiver precisando do dinheiro e não encontrar outra saída, preste atenção às taxas que irá pagar e que podem variar de um banco para o outro. Em nosso estudo, avaliamos como ficaria um empréstimo em três situações: R$ 2 mil em 12 parcelas e R$ 6 mil em 12 e 24 vezes. Na primeira situação, você pode pagar de 50% a quase 500% de custo efetivo total (CET) anual.

Bancos têm taxas menores que financeiras

As menores taxas que encontramos foram de bancos, sendo a mais alta no HSBC: 199% ao ano. Já nas financeiras, a situação é bem pior: o CET varia de 282% a quase 500%, como ocorre no Ibi Cred. Dessa forma, os R$ 2 mil que você pegou emprestado se transformam – para a financeira – em R$ 4.637 ao final de um ano. Mais que o dobro só de juros.

Já para o empréstimo de R$ 6 mil, também em 12 vezes, o CET encontrado vai de 50% a 464% ao ano e, mais uma vez, a maior taxa é a do Ibi Cred. Ao simularmos o empréstimo em 24 vezes, tivemos a surpresa de ver que cinco das 13 instituições avaliadas só parcelam esse valor em até 15, 18 ou 22 vezes.

Também verificamos durante o estudo que as taxas de juros divulgadas pelo Banco Central, em novembro de 2012, são bem diferentes das que encontramos. Elas variam de 24% ao ano (Caixa Econômica) a 63% ao ano (Bradesco). Já as das financeiras que avaliamos vão de 49% ao ano (Itaú) a 199% ao ano (HSBC).

Veja mais detalhes desse estudo no artigo “Só pegue se não tiver outra saída”, publicado na revista Dinheiro & Direitos nº 42.


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