A classe média passará a pagar juros mais altos ao contratar um financiamento habitacional na Caixa. Esta foi uma das novidades anunciadas na posse do novo presidente do banco, Pedro Guimarães, no dia 7, em Brasília (DF).
De acordo com o executivo, a classe média deve pagar juros similares aos praticados por outras instituições no mercado para linhas de crédito sem subsídio do governo.
Na Caixa, a taxa mínima anunciada para financiamentos pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) foi de 8,75% ao ano, mais Taxa Referencial (TR).
Já as cartas de crédito oferecidas pelo Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI) terão taxas a partir de 8,75% ao ano mais TR, para imóveis que custarem até R$ 1,5 milhão. Para imóveis acima de desse valor, os juros serão de 9,5% ao ano acrescidos de TR.
A linha Pró-cotista (financiada pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS – e destinada a trabalhadores com carteira assinada), por sua vez, foi anunciada com juros entre 8,76% e 9,01% ao ano, mais TR.
Minha Casa Minha Vida é dividido em quatro faixas de renda
As taxas de juros mais baixas para financiamento habitacional são as do Minha Casa Minha Vida.
Os mutuários do programa, por sinal, não precisam se preocupar, pois a nova gestão da Caixa garante que não haverá aumento nos juros de suas linhas de crédito.
O programa habitacional é dividido em quatro grupos, conforme as faixas de renda mensal bruta:
Faixa 1: renda de até R$ 1,8 mil → sem incidência de juros;
Faixa 1,5: renda de até R$ 2,6 mil → Juros de 4,59% a 5,11% ao ano;
Faixa 2: renda de até R$ 4 mil → Juros entre 6 e 7% ao ano;
Faixa 3: renda de até R$ 9 mil → Juros de 8,16% ao ano.
O Banco do Brasil também oferece o programa Minha Casa Minha Vida, destinado a famílias com renda de até R$ 9 mil que queiram comprar um imóvel residencial com valor máximo de R$ 300 mil. A taxa de juros parte de 5,5% ao ano.
É preciso aceitar algumas condições para reduzir os juros
Vale lembrar que os bancos costumam divulgar as taxas mínimas e que, para conseguir juros mais baixos, você deve aceitar uma série de condições, como estabelecer um relacionamento mais estreito com a instituição financeira. Você também precisa estar atento ao pacote de serviços que deverá contratar.
Outros critérios que ajudam a reduzir os juros são o valor do imóvel pretendido, o perfil e a renda do consumidor.
Contudo, para escolher um financiamento, considere o melhor Custo Efetivo Total (CET), que os bancos são obrigados a informar. O CET refletirá o custo total do financiamento, já levando em conta todas as taxas envolvidas, além das taxas de juros. Isso torna a comparação entre bancos mais fácil.
De acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), os financiamentos imobiliários com recursos da poupança somaram R$ 51,3 bilhões no acumulado em 2018, até novembro.
O volume representa uma alta de 30,1% na comparação com 2017, mas segue bem abaixo do total movimentado em 2014: R$ 112,9 bilhões.
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