Ações da Petrobras: melhor opção é mantê-las

Para evitar prejuízos maiores, pequenos investidores devem evitar mexer na carteira. Quem deseja recuperar perdas de aplicações pode entrar em ações coletivas.
Apesar da crise da Petrobras, que afeta fortemente a sua credibilidade, a PROTESTE desaconselha, neste momento, os pequenos investidores de ações da estatal a mexer na carteira de aplicações.
O ideal, para evitar mais prejuízos, é aguardar e ver se o pessimismo se dissipa proximamente e as cotações voltam a subir.
Ação coletiva é opção, mas depende do Ministério Público
Para recuperação de perdas de investimentos em ações da empresa, recomendamos o ingresso em ações coletivas no Brasil. Entretanto, só o Ministério Público pode ajuizar ações coletivas referentes ao assunto.
Apesar de tudo, na comparação com o rendimento do FGTS constata-se que quem comprou ações da Petrobras desde 2008 obteve lucros, pois as ações valorizaram 134,24% desde 2000, enquanto o rendimento do FGTS ficou em 93,61% no mesmo período.
Papéis da empresa, que já valeram R$ 50, caíram para R$ 10
Não deixa de ser surpreendente, já que os papéis despencaram abaixo de R$ 10 nesta semana, algo inimaginável há seis anos, quando as perspectivas com a descoberta do Pré-Sal e o cenário econômico favorável os fizeram disparar acima de R$ 50.
Governo anuncia medidas para aplacar danos por escândalos
Nem o anúncio de que a estatal pode captar R$ 9 bilhões, por meio de títulos de dívidas da Eletrobras, animou o mercado, numa medida drástica para tentar contornar as dificuldades de captação causadas pelos sucessivos escândalos de corrupção que abalaram a empresa.
A situação se agravou pelas ações coletivas abertas na justiça dos EUA, que pedem ressarcimento pelas perdas decorrentes desses escândalos e que se referem a ações compradas entre maio de 2010 e novembro de 2014 nesse país.
Queda de preço do petróleo internacional também impactou
Além disso, a queda do preço do petróleo no mercado internacional também impactou os números, embora o intervencionismo excessivo do governo, a fim de controlar o preço do combustível, e a corrupção tenham pesado mais nas contínuas desvalorizações dos papéis da estatal.