Em tese, o bitcoin é uma criptomoeda digital que não depende de uma autoridade central para sua criação ou controle.
Mas o que é ser uma criptomoeda? É uma moeda cujo processo de criação se dá através de um processo de validação de códigos criptografados. Para criar bitcoin, ou como melhor dizem para minera-lo, é necessário um software específico a ser baixado em um computador que deverá fazer parte de uma rede interligada com outros computadores.
Bitcoins são criados, ou “minerados”, à medida que milhares de computadores dispersos resolvem problemas matemáticos complexos que verificam códigos criptografados emitidos pelo software. Quem consegue decifrar o código primeiro ganha uma determinada quantidade de Bitcoins.
O bitcoin é apenas uma das quase 1500 criptomoedas existentes, segundo a Coin Market Cap. Porém é a que possui o mercado mais expressivo em termos de volume financeiro. Ele chegou a valorizar-se 1.367% em 2017.
Mas por que ele é tão atrativo?
Em primeiro lugar, podemos destacar que o bitcoin é a moeda pioneira de quase um consenso de como será a moeda no futuro. Não que isso signifique que não existam mais moedas como as que estão em circulação hoje. Ele é a aplicação da internet em relação ao dinheiro, no sentido que poderá radicalizar as formas de pagamento por ser rápido, barato e seguro. Mais barato por não precisar de um terceiro para as transações, contornando todo o sistema bancário.
Além disso, existe uma oferta restrita de 21 milhões de bitcoins e 80% desse valor já foi minerado. Assim como o Ouro ele tem um suprimento limitado e finito. Com isso, muitos acreditam que eles se valorizarão muito, por ficarem extremamente escassos em um cenário futuro em que eles serão essenciais para as transações financeiras.
Quais são os riscos de se investir em bitcoin?
Mas nem tudo são flores no caminho do Bitcoin. Nos primeiros dias do ano de 2018 ele já acumula uma perda de 25%. Ou seja, como na prática ele tem funcionado mais como um investimento do que como moeda, é altamente especulativo, sofre muita oscilação. Isso ocorre principalmente porque ele se baseia em um ativo com valor intrínseco, com valor real, questionável e em torno de muita incerteza, o que faz com que ele seja extremamente instável.
Parece haver um consenso que o futuro passará por moedas digitais, entretanto se serão criptomoedas como o bitcoin onde teoricamente é possível produzir-se sem regulação e ação de governos ou bancos centrais, é uma incógnita. Essa descentralização da oferta monetária fora do alcance dos governos parece pouco provável.
Ainda sobre a falta de regulação dos bitcoins no Brasil, o mercado não é regulamentado pelo Banco Central, o que significa que qualquer tipo de risco é integralmente de seus detentores. Isso quer dizer na prática que além do risco da cotação do bitcoin desmoronar se for constatada realmente uma bolha, eles não têm garantia de conversão para moedas soberanas, ou garantia para os investidores em caso de ataque virtual.
Além disso, as corretoras que oferecem o serviço de negociação de bitcoins no Brasil, não possuem regulamentação específica para operar com as criptomoedas. Isso significa que se você fizer depósitos para comprar ou deixar sua carteira de criptomoedas com essas corretoras, é uma relação basicamente de confiança. O Banco Central não monitora a ação delas. Essa questão já vem afetando investidores brasileiros que vem reportando problemas como: atrasos na execução de ordens de compra e venda; e bitcoins desaparecidos na carteira do cliente na conta da corretora.
Gostou deste conteúdo? Cadastre-se agora e receba gratuitamente informações da PROTESTE! Se você é associado e precisa de ajuda, ligue para nosso Serviço de Defesa do Consumidor pelo 0800 282 2204 (de telefone fixo) ou (21) 3906-3900 (de celular).