Nos últimos dias, o noticiário econômico trouxe a informação de que o dólar havia sido cotado abaixo de R$ 2. Isso ocorre porque há um excesso de oferta da moeda americana. O Banco Central, por sua vez, para evitar uma queda ainda maior do dólar, comprou boa parte da moeda.
Este acúmulo de moeda é bom para o país, pois diminui o risco-Brasil e melhora a imagem da nação entre as agências de classificação de risco (rating). O Brasil passa a deter um status de ambiente mais seguro para investimentos. Porém, em 15 de maio, o BC permitiu que a cotação ficasse abaixo de R$ 2, sem se preocupar em comprar dólares na medida em que vinha comprando.
Para o consumidor, neste momento a grande vantagem é o acesso facilitado aos produtos importados, que deixam de ter um custo proibitivo. A inflação também diminui, os índices de inflação caem, o que pode repercutir inclusive no valor do seu aluguel, uma vez que muitos desses contratos são reajustados por índices que sofrem influência da variação da moeda americana, como o IGP-M.
Existem ainda duas outras vantagens: as viagens internacionais ficam mais baratas, bem como as compras em sites estrangeiros. Porém, atenção ao utilizar o cartão de crédito internacional em qualquer uma das duas atividades. A cotação do dólar usada para a cobrança em reais não será a do momento da compra, mas a do fechamento da fatura. Depois, será feito um acerto de contas para a data do vencimento da fatura. Se houver diferença entre a cotação do fechamento da fatura e a do vencimento, haverá um ajuste.
Ou seja, se a cotação na data do vencimento for maior que a da emissão da fatura, você será cobrado da diferença. Com isso, no caso de uma subida repentina na cotação da moeda, você pode acabar tendo que pagar muito mais do que previa. Por outro lado, se a cotação estiver mais baixa, será creditada uma diferença em sua fatura.