O Banco Central decretou na semana passada a liquidação extrajudicial da Tov Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários. Os motivos da decisão se referem a investigação da corretora pela Operação Lava Jato.
Quem tem ações custodiadas pela corretora deve solicitar a transferência dos ativos para outro agente de custódia (outra corretora) da sua preferência. O pedido deve ser feito ao liquidante indicado pelo Banco Central, que no caso é Tupinambá Quirino dos Santos, e os contatos podem ser feitos por meio dos telefones (11) 2787-2800, 0800-878-3256, email: sac@tov.com.br e fax: (11) 3721-6109. Segundo a CVM, no caso de problemas no atendimento, a ouvidoria da corretora pode ser acessada em ouvidoria@tov.com.br ou 0800-724-3066, ainda segundo a CVM.
Para quem tem investimentos como CDBs, LCIs, títulos públicos, ou fundos o risco é praticamente zero já que esses ativos ficam custodiados na Cetip ou BM&FBovespa. Essas aplicações ficam em nome dos investidores e as corretoras não tem qualquer poder sobre esses ativos. O único risco seria no caso de fraude nas operações.
O mais preocupante é a situação dos investidores que tem dinheiro parado na conta depósito da corretora. Esses valores não são cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito e podem entrar na fila de ativos credores da corretora. Entretanto, a liquidação extrajudicial da corretora não é por razões de insolvência financeira. Por isso, é bem possível que o liquidante providencie o ressarcimento desses valores. Entretanto, o nosso conselho é que esses investidores já procurem um advogado para tomar as devidas providências caso necessário.
Fica a lição para nunca deixar o dinheiro parado na conta corretora. Além de ser um dinheiro que perde seu valor de compra ao longo do tempo porque está parado, está sujeito a perdas no caso de falência da corretora por motivos de insolvência financeira. O que não acontece por exemplo com o dinheiro parado na conta corrente.