Para começar, é bom ter papel e caneta em mãos: esteja preparado para fazer algumas contas. Tenha também em mente o valor do imóvel que pretende comprar e o quanto pode dar de entrada. Serão necessários esses, entre outros dados, para fazer a simulação de financiamento – para isso, dá para usar o simulador dos bancos. Perceba que, ao fazer a simulação, será informada qual é a amortização. E é nela que você deve prestar atenção neste momento.
A amortização é o quanto a pessoa que contraiu o empréstimo fornece efetivamente ao banco para quitar o que deve. O restante da parcela paga mensalmente é referente a juros, taxas e seguros. Ou seja, é a quantia que o credor “perde” para o banco em encargos provenientes do crédito imobiliário.
Saiba com a amortização tem influência sobre suas dívidas
Levando isso em consideração, traçamos dois cenários. No primeiro, um casal carioca, cuja idade de ambos é 35 anos, pretende financiar um apartamento, em 360 meses, no valor de R$ 600 mil. Com renda mensal de R$ 17 mil, eles têm R$ 180 mil para dar de entrada e, assim, deixar de pagar R$ 2.500 de aluguel todo mês.
Após fazer a simulação, o casal percebeu que, ao contratar o crédito imobiliário, seria necessário arcar com parcelas de R$ 4.835,70. Desse montante, R$ 1.166,66 serão amortizados. O restante, R$ 3.669,04, é o quanto eles vão “perder” para a instituição em forma de juros, taxas e seguros. Dessa forma, nesse caso, o que é melhor? “Perder” R$ 3.669,04 para o banco ou “perder” R$ 2.500 para o proprietário do imóvel onde vivem?
A diferença entre um valor e outro é grande: R$ 1.169,04. Então, o aconselhável é esperarem um pouco mais para realizar o sonho da casa própria. Caso invistam essa diferença de R$ 1.169,04 todo mês, por algum tempo, eles vão conseguir dar uma entrada maior no futuro. E, quanto maior a entrada, menos dinheiro deixarão para o banco em forma de encargos.
Já para o segundo casal fictício, a diferença entre a quantia “perdida” para o banco e o pago no aluguel é de R$ 34,57. Assim, para ele, o financiamento pode ser uma boa escolha. Abaixo, você confere os detalhes de ambas as simulações.
Ao adaptar sua realidade às contas que fizemos para os cenários criados, você já vai ter uma ideia sobre quais das alternativas, financiar ou alugar, pode ser melhor neste momento. Mas há outras questões a serem observadas.
Se decidir pelo empréstimo, saiba que, além das parcelas, é preciso arcar com outros gastos que também devem fazer parte dessa conta. Despesas com cartório, análise jurídica, Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis e avaliação do imóvel são só alguns deles.
Lembre-se de que os bancos trabalham com alienação fiduciária – o imóvel é uma garantia e só será realmente seu após todas as parcelas serem quitadas. Se isso não acontecer, você pode perder a casa ou o apartamento. Daí a importância de se planejar com cautela.
É claro que pagar por um bem que, no fim, será seu, tem várias vantagens. Se constatou que o empréstimo realmente cabe no bolso, e esse é mesmo o seu sonho, vá em frente.
A PROTESTE ajuda você a aprender como controlar suas finanças. Associe-se já!
Contudo, pesquise muito antes de fechar negócio. E fique de olho no Custo Efetivo Total (CET). Ele corresponde a todas as despesas incidentes na operação, sendo a melhor ferramenta de comparação entre as instituições financeiras: escolha sempre o de menor valor.
Já o aluguel aparece como saída viável para quem vai se estabelecer temporariamente em uma cidade ou prefere investir. Só não será possível modificar o imóvel sem autorização e, mesmo que não queira, será preciso deixá-lo em caso de exigência do proprietário.
Viu como é difícil dar uma resposta simples ao questionamento sobre o que é melhor: financiar ou alugar? Cada caso é um caso. Cabe a você colocar os prós e contras na balança para só então tomar a decisão que se encaixa ao seu bolso e ao seu estilo de vida.
Gostou deste conteúdo? Cadastre-se agora e receba gratuitamente informações da PROTESTE! Se você é associado e precisa de ajuda, ligue para nosso Serviço de Defesa do Consumidor pelo 0800 282 2204 (de telefone fixo) ou (21) 3906-3900 (de celular).