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Pão fresquinho é suficiente? Veja aqui se as padarias estão respeitando a legislação
Visitamos diversos estabelecimentos para saber se os lugares onde vendem pão francês obedecem as normas e ofertam o produto da forma correta.
31 agosto 2018 |

Por meio de um estudo realizado em 2015, vimos que uma boa pesquisa de preço pode ajudar você a economizar.

Para isso, basta trocar a boa e velha padaria de costume por outra que, bem perto dali, oferece o pãozinho por um preço mais em conta.

Neste ano, voltamos a visitar esses estabelecimentos, mas para verificar se eles se enquadram às normas e oferecem o produto de forma correta.

Confira os estabelecimentos visitados

Padarias / Endereços

Padarias na cidade do Rio de Janeiro têm o que melhorar

padaria-estudo

Seis entre as avaliadas não vendem o pão francês por quilo, mas por unidade, o que vai contra a legislação.

Em cinco delas até havia cartazes indicando o preço por quilo. Porém, no caixa, cada pãozinho foi cobrado separadamente.

Questionamos sobre o porquê de a venda ser por unidade. A resposta recebida foi a mesma em todos os estabelecimentos: "assim é mais vantajoso para o consumidor".

De fato, ao pesarmos o produto em laboratório e multiplicarmos o peso encontrado pelo preço por quilo, identificamos que a venda do pão francês por unidade, nesses casos, foi sim mais satisfatória.

Contudo, reiteramos – está em desacordo com a legislação. Para resolver o impasse, seria simples: basta que as padarias diminuam o preço por quilo. 

Vimos ainda que, embora seja direito do cliente receber informação clara e adequada sobre o produto ou serviço, como garante o Código de Defesa do Consumidor (CDC), não é bem isso o que acontece.

pao-no-forno

Em alguns estabelecimentos nem sequer encontramos cartazes ou letreiros com o preço do pão.

E nas padarias onde existia esse dado, ele nem sempre estava exposto de forma correta. 

Em uma delas, por exemplo, o cartaz com o preço do quilo estava afixado atrás do balcão, em altura abaixo do ideal e com potes de doce atrapalhando o cliente a enxergá-lo.

Em outra, o cartaz estava borrado, com a identificação do valor apagada.

Em um terceiro estabelecimento, caracteres muito pequenos estampados em um letreiro luminoso dificultavam a visualização do preço. 

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Balanças apresentaram problemas

Ficamos também de olho nas balanças, lembrando que elas devem, é claro, estar em local de fácil acesso ao consumidor e em perfeitas condições de uso.

Infelizmente, não foi o que encontramos. 

balanca-pagamento-pao

Em três padarias, havia balanças atrás do balcão. Dessa forma, não dá para ver os valores presentes no display.

Em outras quatro, o instrumento de medição estava ao lado da cesta de pães e, assim, o funcionário fica posicionado em frente ao visor, o que dificulta a visualização.  

Em uma das confeitarias, a balança até estava adequadamente localizada. Entretanto, o display mostrava somente o peso do produto – de acordo com a legislação, além do peso, preço por quilo e valor total a ser pago também devem aparecer no visor. 

Encontramos ainda balança cujas cor e luz dos dígitos são tão claras que se confundiam com a própria cor de fundo do visor.

E, em uma das padarias, o display do instrumento de medição estava zerado. Ou seja, impossível ter acesso às informações. 

balanca-display

Frente a tantos problemas, uma boa notícia: após pesarmos os saquinhos adquiridos, cada um trazendo seis pães, não encontramos diferença entre o volume medido nas padarias e em laboratório.

Isso significa que você está pagando exatamente pela quantidade de pão que leva para casa. 

A presença do lacre de segurança é uma das garantias de que uma balança está apta para uso.

Por isso, não hesite em verificar se ele está presente no instrumento de medição utilizado na padaria próxima a você.

E, em caso de irregularidades, entre em contato conosco, assim como com o Instituto de Pesos e Medidas da sua região.

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