Por meio de um estudo realizado em 2015, vimos que uma boa pesquisa de preço pode ajudar você a economizar.
Para isso, basta trocar a boa e velha padaria de costume por outra que, bem perto dali, oferece o pãozinho por um preço mais em conta.
Neste ano, voltamos a visitar esses estabelecimentos, mas para verificar se eles se enquadram às normas e oferecem o produto de forma correta.
Confira os estabelecimentos visitados
Padarias na cidade do Rio de Janeiro têm o que melhorar
Seis entre as avaliadas não vendem o pão francês por quilo, mas por unidade, o que vai contra a legislação.
Em cinco delas até havia cartazes indicando o preço por quilo. Porém, no caixa, cada pãozinho foi cobrado separadamente.
Questionamos sobre o porquê de a venda ser por unidade. A resposta recebida foi a mesma em todos os estabelecimentos: "assim é mais vantajoso para o consumidor".
De fato, ao pesarmos o produto em laboratório e multiplicarmos o peso encontrado pelo preço por quilo, identificamos que a venda do pão francês por unidade, nesses casos, foi sim mais satisfatória.
Contudo, reiteramos – está em desacordo com a legislação. Para resolver o impasse, seria simples: basta que as padarias diminuam o preço por quilo.
Vimos ainda que, embora seja direito do cliente receber informação clara e adequada sobre o produto ou serviço, como garante o Código de Defesa do Consumidor (CDC), não é bem isso o que acontece.
Em alguns estabelecimentos nem sequer encontramos cartazes ou letreiros com o preço do pão.
E nas padarias onde existia esse dado, ele nem sempre estava exposto de forma correta.
Em uma delas, por exemplo, o cartaz com o preço do quilo estava afixado atrás do balcão, em altura abaixo do ideal e com potes de doce atrapalhando o cliente a enxergá-lo.
Em outra, o cartaz estava borrado, com a identificação do valor apagada.
Em um terceiro estabelecimento, caracteres muito pequenos estampados em um letreiro luminoso dificultavam a visualização do preço.
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Balanças apresentaram problemas
Ficamos também de olho nas balanças, lembrando que elas devem, é claro, estar em local de fácil acesso ao consumidor e em perfeitas condições de uso.
Infelizmente, não foi o que encontramos.
Em três padarias, havia balanças atrás do balcão. Dessa forma, não dá para ver os valores presentes no display.
Em outras quatro, o instrumento de medição estava ao lado da cesta de pães e, assim, o funcionário fica posicionado em frente ao visor, o que dificulta a visualização.
Em uma das confeitarias, a balança até estava adequadamente localizada. Entretanto, o display mostrava somente o peso do produto – de acordo com a legislação, além do peso, preço por quilo e valor total a ser pago também devem aparecer no visor.
Encontramos ainda balança cujas cor e luz dos dígitos são tão claras que se confundiam com a própria cor de fundo do visor.
E, em uma das padarias, o display do instrumento de medição estava zerado. Ou seja, impossível ter acesso às informações.
Frente a tantos problemas, uma boa notícia: após pesarmos os saquinhos adquiridos, cada um trazendo seis pães, não encontramos diferença entre o volume medido nas padarias e em laboratório.
Isso significa que você está pagando exatamente pela quantidade de pão que leva para casa.
A presença do lacre de segurança é uma das garantias de que uma balança está apta para uso.
Por isso, não hesite em verificar se ele está presente no instrumento de medição utilizado na padaria próxima a você.
E, em caso de irregularidades, entre em contato conosco, assim como com o Instituto de Pesos e Medidas da sua região.
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