Recentemente, o WhatsApp anunciou que começará a compartilhar contatos de seus usuários com o Facebook. A iniciativa causou polêmica pela possibilidade de violar a privacidade dos cidadãos. Outro receio é de que abra portas para que inúmeras empresas passem a enviar anúncios usando o WhatsApp.
Diante disso, no último dia 29, enviamos um ofício ao escritório do Facebook, dono do WhatsApp, em São Paulo, questionando quais informações dos usuários do aplicativo de mensagens serão coletadas e compartilhadas.
A mudança na política de privacidade, em que o usuário autoriza o envio de informações para terceiros, viola a proteção aos dados pessoais que é garantida pelo Marco Civil da Internet.
Informações são mesmo criptografadas?
A medida também demonstra uma contradição: afinal, os dados trocados pelo mensageiro não são criptografados? Pelo menos, sempre foi este o argumento do WhatsApp para não atender aos pedidos judiciais de cópias de informações trocadas pelo aplicativo.
A atualização dos termos de uso só permite ao usuário escolher se deseja compartilhar dados da agenda telefônica com o Facebook. Em relação aos demais pontos, não há muito o que fazer: se você não concordar, terá de parar de usar o aplicativo.
Na Alemanha, o órgão regulador de proteção de dados ordenou que o Facebook apagasse os dados já coletados naquele país, como números de telefone. Também determinou que pare de armazenar as informações dos 35 milhões de alemães.
Gostou deste conteúdo? Cadastre-se agora e receba gratuitamente informações da PROTESTE!