Com a crença de que diminuiriam o desconforto causado pela dentição, os colares de âmbar para bebês estão virando moda no Brasil, graças à divulgação de fotos de celebridades usando esses cordões em seus filhos. Mas a coisa não é bem assim.
Liberado pelo contato com a pele, aliviaria sintomas de dentição no bebê
As contas dessa gema, aquecidas pela temperatura do corpo, liberariam pequenas quantidades de ácido succínico, que passariam pela pele para a corrente sanguínea, atuando como um analgésico, acalmando o bebê de suas dores e ajudando-o a dormir. O uso constante ajudaria a reduzir os sintomas mais comuns relacionados ao nascimento dos primeiros dentes, como vermelhidão nas bochechas, gengivas inchadas e febre.
Eficácia de substância ainda não é comprovada cientificamente
Entretanto, apesar de o âmbar conter mesmo o ácido succínico e de esta ser uma substância segura, não há evidências científicas de que qualquer dose deste ácido tenha efeitos analgésicos, muito menos as quantidades minúsculas que entrariam no corpo pela pele. Tampouco existe comprovação de que o ácido succínico seja liberado a partir do contato com o âmbar ou de que o aquecimento, por meio do calor corporal, facilitaria esse processo.
Colar traz riscos à criança; confira nossas dicas de segurança
Para piorar, o uso do colar de âmbar traz os perigos potenciais de estrangulamento e sufocamento à criança. No primeiro caso, o colar pode apertar seu pescoço, especialmente quando estiver dormindo, e, no segundo, corre o risco de quebrar se o bebê mastigar as contas do colar, ficando pequenos grânulos presos em sua garganta. Colares falsos (de plástico, principalmente) podem, ainda, irritar a pele. Por isso, a recomendação é que não se use esse tipo de produto nos bebês, uma vez que os riscos são certos e os benefícios, duvidosos.
Âmbar é usado desde a Idade da Pedra na Europa
Mas, afinal, o que é o âmbar? Trata-se de uma gema orgânica, cuja fama de ter poderes ‘sobrenaturais’ remete à Idade da Pedra, formada a partir de uma resina produzida por uma planta e encontrada quase que inteiramente no mar Báltico.