Pesquisa online feita pela PROTESTE apurou os hábitos das crianças à mesa e também o comportamento dos pais. Dos 123 participantes (a maioria, mães), apenas 9% acham que o filho tem problema de sobrepeso. Mas segundo os pais, 36% das crianças consomem fast-food de 3 a 4 vezes por semana; 28%, de 5 a 6 vezes por semana. E 48% dos pais sempre comem fast-food com os filhos.
Para piorar, 70% das crianças não jantam todas as noites e 23% não tomam café da manhã diariamente. Isso talvez indique um descontrole dos hábitos alimentares.
Maioria não enxerga obesidade como problema
Em relação aos pais que conseguem enxergar que o filho se encontra
acima do peso considerado ideal pelos pediatras, houve uma constatação impressionante na pesquisa: a maioria deles acha que esse sobrepeso não é um problema de saúde.
Na hora que os pais constatam que o filho está acima do peso, o que fazem?
42% disseram que não fazem nada especial (apenas reduzem a quantidade de comida oferecida à criança em cada refeição). Já 33% simplesmente estimulam atividades para aumentar o gasto calórico cotidiano, como subir escadas e andar mais.
Somente 25% matriculam o filho em aulas de dança,
natação, futebol, etc
após constatar que estão acima do peso. E apenas outros 25% o levam a um nutricionista para que siga uma
dieta personalizada.

Maus hábitos contribuem para o sobrepeso
Ainda há outro mau hábito que pode levar ao sobrepeso: nos dias de semana, 49% dos filhos dos entrevistados passam três horas ou mais vendo TV ou jogando videogames. Nos fins de semana – melhor momento para levar a criançada, por exemplo, a parques –, esse valor sobe para 70%. E, como se sabe, o sedentarismo também faz o ponteiro da balança disparar.
- Como as crianças agem: 40% amam comer com frequência; 37% às vezes pedem comida o tempo todo; 32% estão interessados em comida com frequência; 30% às vezes têm um grande apetite; 30% sempre pedem algo para beber que não seja água.
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- O que os pais dizem fazer: 48% alegam dar bons exemplos alimentares ao filho; 43% garantem dar ao filho, na maioria das vezes, uma alimentação equilibrada; 36%sempre controlam o que o filho come. E 43%garantem que sempre têm comida saudável em casa; 41% dizem controlar a ingestão de alimentos menos saudáveis pelo filho e 36% dizem sempre controlar o que o filho come.
A pesquisa também mostrou que
22% de ambos os pais estão acima do peso (e, em 12% dos casos, pelo menos um deles é obeso). A probabilidade de crianças sofrerem com a balança cresce se pelo menos um dos pais tiver excesso de peso. Mais uma vez, os adultos devem ficar atentos e procurar também se cuidar, para, assim, poderem ajudar os filhos.
Ja é problema de saúde pública
A
obesidade já é problema de saúde pública e aumenta os fatores de risco para
doenças cardiovasculares. No Brasil indicadores do ano passado da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), sobre
alimentação adequada, apontaram que entre 5 e 9 anos, o
percentual de crianças com excesso de peso chega a 33,5%.
Na adolescência, o quantitativo é de 20,5%. Além disso, os dados mostram que o estado nutricional na primeira infância repercute na vida adulta. Nesse contexto, a prevalência de excesso de peso em adultos tem crescido nos últimos anos. Em 2012, metade da população adulta estava com excesso de peso, sendo 17, 2%, com obesidade.
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