Poucos dias antes da estreia do filme infantil "Os Incríveis 2", a PROTESTE alertou o público sobre os riscos que o filme trazia em pessoas suscetíveis a epilepsia fotossensível ou outras fotossensibilidades.
Em nossas redes sociais, a publicação do conteúdo gerou um amplo debate. Nela, alguns usuários consideraram o alerta exagerado, enquanto outros entendiam que de fato a animação poderia representar um risco à saúde de algumas pessoas.
Pensando nisso, convidamos a estudante paulistana Thais Silva, portadora de epilepsia, para nos contar como ela entende esse caso. Confira a seguir o bate-papo completo:
Conte-nos um pouco sobre quem é você e com quantos anos descobriu que tinha epilepsia?
Olá, meu nome é Thais Silva. Tenho 32 anos, sou moradora de Suzano (SP) e atualmente curso Gestão Pública, no Instituto Federal de São Paulo.
Descobri que sou epilética aos 6 anos de idade, após uma crise que eu tive. A confirmação veio por meio de um exame de eletroencefalograma.
Qual o tipo da síndrome que você possui?
Eu possuo Epilepsia Mioclônica Juvenil (EMJ).
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Qual sua opinião sobre a falta de alerta do risco de crise epilética no filme "Os incríveis 2"?
Não saber que o filme possui cenas que podem vir a desencadear crises é algo realmente muito preocupante. Em muitos casos, a epilepsia vem acompanhada de fotossensibilidade, e a falta de alerta coloca em risco os portadores da síndrome.
Como foi dito na matéria anterior de vocês, aqui no site, a luz pode desencadear convulsões que geralmente duram cerca de 30 segundos, mas em alguns casos há pessoas que podem levar muito mais tempo para se sentir melhor.
O alerta é algo simples a ser feito e que ajuda a preservar a saúde de quem possui a síndrome.
Como você se previne para evitar problemas que podem ser causados por filmes como esse?
No meu caso é um pouco mais simples. Isso porque não possuo fotossensibilidade atrelada à síndrome. Logo, não tenho problemas com esses tipos de filmes e programas que exibem longas sequências de luzes piscantes, como no caso de “Os Incríveis 2”.
É claro que quem é epilético fotossensível precisa estar sempre atento e se informar bem sobre os riscos que essas produções podem trazer.
Esse não foi o primeiro e dificilmente será o último caso de produção midiática que pode trazer essas sequências luminosas. Por isso, é preciso ter atenção.
Qual a importância de uma entidade como a PROTESTE alertar sobre o caso?
Para mim, é de suma importância que uma empresa da magnitude da PROTESTE informe as pessoas sobres os riscos da exposição.
Algumas pessoas não acessam esse tipo de informação com facilidade. Além disso, essa é a melhor forma de educar as pessoas que não possuem epilepsia, desmistificando a crise, e de alertar os pais e mães que pretendem levar seus filhos ao cinema para assistir ao filme.
Agradeço e parabenizo a PROTESTE por ser pioneira ao levar informação de forma adequada e inteligente e por sempre zelar pelo bem dos consumidores.
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