Apesar de ser considerada muito segura hoje em dia, a anestesia, cuja escolha do tipo a ser usado (sedação, geral, local ou regional) depende de fatores como a complexidade e a duração da operação, ainda causa temor em uma parcela considerável de pessoas. Mas ocorrências de morte são muito raras - os registros dão conta de apenas quatro em cada um milhão de pacientes sem doenças graves. Igualmente remota é a chance de o paciente despertar em plena cirurgia. Veja, abaixo, outros mitos esclarecidos sobre a anestesia.
• A anestesia pode matar?
É muito raro. Hoje em dia, registam-se cerca de quatro mortes em um milhão de pacientes sem doenças graves.
• A anestesia geral é muito perigosa, podendo levar o paciente a nunca mais acordar?
A anestesia geral é segura quando administrada por profissionais capacitados, já que é possível manter o controle completo sobre as funções do paciente e agir rapidamente se surgir algum problema. A principal adversidade desse tipo de procedimento é que os níveis de anestésico que causam parada respiratória e cardíaca não são muito maiores de os que causam anestesia geral. Também não existem medicamentos capazes de neutralizar níveis acidentalmente altos do anestésico. É por isso que a anestesia geral requer um profissional especializado que assegure o bom resultado do procedimento.
• A anestesia geral pode causar problemas de memória?
Fatores como o medo, o estado de saúde do paciente ou a cirurgia em si podem provocar ansiedade, confusão ou perda da função cognitiva. Por isso, é muito difícil relacionar esses incidentes só à anestesia. Alguns estudos referem que anestesias repetidas podem provocar dificuldades de memória ou de aprendizagem.
• É possível acordar durante a operação?
A possibilidade de os medicamentos que induzem o sono falharem é muito remota. Mais ainda se considerarmos que o paciente está sendo monitorado por um equipamento que mede, entre outros aspetos, a profundidade anestésica.
• A hipnose e a acupuntura são alternativas eficazes?
Estudos clínicos têm demonstrado efeito limitado e variável da acupuntura como anestesia. Também não existe evidência científica de que a hipnose possa ser usada como técnica de anestesia, mas é possível utilizá-la como complemento, sobretudo em pacientes ansiosos.