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Anvisa proíbe Prexige em todo o país
Quem usa o medicamento deve procurar o médico para troca. Uso prolongado do antiinflamatório é perigoso para a saúde. Ele já foi vetado em  29 países.
23 julho 2008 |

A venda e distribuição do antiinflamatório Prexige (lumiracoxibe) foram suspensas em todo o País  pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária  (Anvisa). Inicialmente a proibição foi feita em São Paulo, no dia 19 de julho, por provocar danos colaterais graves, como infarto, hepatite, hemorragias e pancreatite. Agora a proibição se estendeu a todo o Brasil, com a decisão de cancelar o registro do medicamento nas apresentações de 100 mg, indicado para uso contínuo, e suspensão por 90 dias, da comercialização do medicamento de 400 mg, que costuma ser utilizado por pacientes com problemas agudos.
 
O eventual cancelamento da apresentação de 400 mg do Prexige será examinado pela Anvisa no final de agosto, em conjunto com outros três medicamentos da mesma classe terapêutica -o Bextra, o Celebra e o Arcoxia. Tanto a Câmara Técnica de Medicamentos como a área de farmacovigilância  deram pareceres favoráveis ao cancelamento do registro do produto.Ele é o segundo mais vendido no país na categoria sem esteróides.
 
De acordo com a agência, foram registrados 3.585 casos de efeitos adversos relacionados ao Prexige de julho de 2005, quando ele foi registrado pela Anvisa, até abril de 2008. Desses, 1.265, ou 35%, ocorreu no Brasil, um dos oito países onde o medicamento não foi totalmente proibido
 
O  medicamento fabricado pelo laboratório Novartis foi suspenso dia 19 no Estado de São Paulo, por decisão do Centro de Vigilância Sanitária (CVS), quando começou a ser recolhido das farmácias. As pessoas que estiverem usando o Prexige devem procurar seus médicos para efetuarem a troca do remédio. A empresa disponibiliza o telefone 0800 -888-3003 e o site www.novartis.com.br para tirar dúvida dos usuários sobre seus produtos.
 
O Prexige teve seu registro negado nos EUA, em setembro do ano passado, e já foi proibido em toda a União Européia, na Austrália, no Canadá, entre outros países, por conta dos seus graves efeitos adversos. Entre as reações mais freqüentes estão arritmia, hipertensão, hepatite, pancreatite, hemorragia, edema de glote, choque anafilático e até infarto. A maioria dos problemas relacionados ao uso do antiinflamatório são os de fígado, mas também foram registrados casos de dor abdominal, sangramento gástrico e problemas de pele, entre outros.
 
No Brasil, está sendo investigado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo o primeiro relato de morte em decorrência do uso do medicamento. Um idoso morreu de hemorragia gastrintestinal tendo começado a passar mal no quarto dia de tratamento com o remédio. Ele morreu após 11 dias.

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