Sabe aquele remedinho “inocente”, vendido em campanhas publicitárias superproduzidas? Fique alerta, porque ele pode não ser tão inofensivo assim. Tanto que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (
Anvisa) divulga, diariamente (isso mesmo!), em seu site (http://portal.anvisa.gov.br/) uma lista de medicamentos, suplementos e cosméticos que apresentam os mais diversos problemas – desde a qualidade como a ausência de registro, por exemplo. E, nos últimos 15 dias, entraram para a “lista negra” quatro novos produtos: o
suplemento da Cactinea, de Vitamina C à base de Acerola com Extrato de Cactaceae Hyloceres Undatsm; o
vermífugo Benzol (albendazol), e as farinhas
Medida Certa Original Plus com Chia e
Seca Barriga Original Plus com Chia e Goji Berry.
No caso do suplemento alimentar, a Anvisa proibiu tanto a comercialização do produto como as propagandas nas mídias eletrônicas. Tudo porque o Cactinea
não tem avaliação de segurança para uso em alimentos nem registro como novo medicamento – exigências do órgão. Com isso, a fabricante, Nutreo Comércio Produtos Homeopáticos Eireli, deve recolher todo o estoque disponível no mercado.

Os produtos fitoterápicos distribuídos pelo Armazém da Nutrição Comércio de Alimentos também foram limados. Foram
proibidas a fabricação, a comercialização e o uso das versões em pó e em cápsula da Farinha Medida Certa Original, assim como a Farinha Seca Barriga Original Plus com Chia e Goji Berry. De acordo com a Anvisa, ambas estavam sendo vendidas sem seguirem as
normas sanitárias e sem registo no órgão. E, como se não bastassem, não há comprovação alguma de seus efeitos.
Fique longe também do lote 3415 do medicamento
Benzol (albenazol), comprimidos de 400 mg, da Green Pharma Química e Farmacêutica. Segundo o laudo da análise, o conjunto citado teve
resultados insatisfatórios quanto ao ensaio de dissolução.
SITE TAMBÉM É PENALIZADO
O portal
Harp Saúde Total também não passou pelo pente fino da Anvisa. O órgão proibiu a publicidade de todos os produtos comercializados no site que alegam fins terapêuticos. Motivos: as peças publicitárias não tinham sido aprovadas pelo Anvisa e não havia registros sanitários nem autorização de funcionamento para a venda de medicamentos - estes, aliás, só são concedidos quando os requisitos sanitários são cumpridos. Desse modo, não há comprovação alguma de que as
ações terapêuticas sejam, de fato, verdadeiras.
Todos os produtos enquadrados pela Anvisa devem ser
retirados dos pontos de venda, mas, se por um acaso, encontrá-los por aí, a orientação é: não os comprem nem faça uso deles. Do contrário, poderá colocar a sua
saúde em risco.
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