O colesterol é uma substância produzida pelo organismo e imprescindível para que ele funcione bem. Mas os problemas surgem quando há colesterol demais: a gordura no sangue se deposita nas paredes das artérias e forma placas, que, com o tempo, estreitam os vasos e diminuem o fluxo sanguíneo.
Se as placas impedirem a passagem do sangue para o coração, poderá ocorrer um ataque cardíaco. Caso o cérebro fique privado de sangue, pode acontecer um acidente vascular cerebral (AVC), mais conhecido como derrame.
Além disso, o colesterol é transportado no sangue por duas lipoproteínas: as de baixa densidade (LDL) e as de alta densidade (HDL). Níveis elevados de LDL potencializam a existência desse tipo de gordura no sangue. Por isso, é chamado de “mau” colesterol. Já as HDL levam o colesterol de novo para o fígado, que, por sua vez, expulsa a gordura do organismo. Por isso, é chamado de “bom” colesterol.
Descubra se você tem risco de desenvolver uma doença cardiovascular
O fato é que o colesterol está associado a doenças cardiovasculares. Portanto, é fundamental que você fique atento ao grau de risco de desenvolver um problema desse tipo. Para descobrir o seu, cruze o resultado das análises de seu colesterol total [HDL+LDL+(triglicerídeos/5)] com a idade, o sexo, a pressão arterial e o hábito de fumar.
1- A partir do nível de colesterol total, defina se você está no nível A, B, C, D ou E.
2- Escolha a coluna de acordo com o seu gênero e hábito de fumar.
3- Aprimore a pesquisa pela linha da idade e pela pressão arterial sistólica (máxima) atual. Veja abaixo:
4 - A última etapa é verificar qual a pontuação obtida e consultar os tratamentos recomendados. A partir do grau 5 (cores laranja, rosa e vermelho), o seu risco sobe para “alto” ou “muito alto” (se for superior a 10).
Qual tratamento seguir?
Somente o seu médico (de preferência, um cardiologista) poderá dar essa resposta. Porém, com base no seu risco cardiovascular, é possível ter uma ideia abaixo.
No Brasil, as estatinas se destacam entre os medicamentos para baixar o colesterol – a sinvastatina é a mais vendida. Ao lado delas, surgem novos medicamentos eficazes, mas com custos elevados demais. É o caso do alirocumabe (Praluent). Ele está registrado no país desde agosto de 2016, mas ainda não se encontra à venda. Segundo a Anvisa, cada seringa deverá custar em torno de R$ 1,2 mil. E a recomendação é de uma a duas injeções ao mês.
Mas, dependendo do seu grau de risco (se estiver entre os mais baixos), apenas a adoção de uma alimentação mais saudável e a prática de exercícios físicos já podem ajudar a reduzir e controlar os níveis de colesterol. Confira abaixo alguns exemplos de alimentos que devem ser evitados ou consumidos.
• Alimentos gordurosos - Empadões, tortas, quiches, molhos cremosos e frituras em geral.
• Carnes gordas e frutos do mar - Carnes bovina e suína gordas, miúdos, carneiro, frios e frutos do mar.
• Leite integral e derivados - Manteiga, queijos, iogurtes e requeijão.
• Gordura hidrogenada - Alimentos industrializados, como sorvetes e biscoitos em geral.
• Gordura saturada - Creme de leite, bacon, toucinho e a maioria das gorduras animais.
• Chocolate - Em barra ou em pó e receitas que levem esse ingrediente.
• Embutidos - Salsicha, linguiça, salame, presunto e mortadela.
Inclua
• Frutas, verduras, legumes e leguminosas - Feijão, soja, lentilha e ervilhas.
• Castanhas e amêndoas - Castanha-de-caju, castanha-do pará, nozes, amêndoas e demais oleaginosas.
• Peixes de água fria - Salmão, sardinha e atum.
• Fibras e cereais - Alimentos fibrosos e cereais, como aveia e linhaça.
• Leite e iogurte desnatados, ricota e cottage.
• Produtos integrais - Pães, macarrão e arroz.
• Óleos poli-insaturados - Óleos de canola, soja e girassol.
• Aves e carnes magras - Peito de frango e carnes magras cozidas, assadas ou grelhadas
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