Alguns produtos são tóxicos
Até que ponto o consumidor brasileiro está seguro com as opções disponíveis no mercado nacional? No que depender dos rótulos dos preservativos que analisamos, os usuários podem ficar tranquilos: todos contêm as informações exigidas por lei, como lote, data de fabricação e validade, contato do SAC, fabricante, modo de uso e as informações “produto de uso único" e "abrir somente na hora do uso”.
As embalagens de todos os modelos também são seguras, protegendo o látex dos preservativos de oscilações ambientais, como calor intenso e umidade, que aceleram o processo de envelhecimento e a perda de validade.
Como o látex causa reações alérgicas às pessoas sensíveis, o mercado já pensou em produtos para esses consumidores. Mas pouco se fala sobre os efeitos tóxicos desse material e seus aditivos (lubrificantes, espermicidas, corantes e aromatizantes) usados na fabricação.
Em nosso teste in vitro, verificamos se o material do preservativo, quando em contato com uma mucosa, é capaz de alterar ou matar células. Na prática, essa alteração nas células indica possibilidade de hipersensibilidade, pode alterar a flora local, reduzindo a proteção natural da vagina, e, em casos extremos, pode causar feridas e irritação. Blowtex Tradicional, Olla (embalagem preta), Prudence Tradicional, Jontex (embalagem preta), Elite, Blowtex Extra Fino, Olla Sensitive, Prudence Ultra Sensível, Jontex Sensitive, Preserv Lite e o produto distribuído pelo Ministério da Saúde causaram alterações nas células in vitro.