O uso indiscriminado de antibióticos gerou uma grave consequência: o surgimento de superbactérias. Há outros motivos para isso, como interromper o uso da medicação antes do término do tratamento, prescrições erradas, remédios de baixa qualidade (ou falsificados) e falta de controle por parte dos governos.
Como resultado, bactérias se tornam resistentes à maior parte dos antibióticos e ameaçam vários tratamentos e cirurgias. As infecções causadas por esses micro-organismos deixam as pessoas doentes por mais tempo e elevam o risco de morte, uma vez que elas podem simplesmente não responder a qualquer tratamento disponível.
As superbactérias sempre existiram, mas eram restritas ao meio hospitalar. Agora, porém, estão por toda parte. Para piorar, à medida que os casos de bactérias resistentes aos antibióticos aumentam a cada ano, as indústrias farmacêuticas têm diminuído o empenho no desenvolvimento desse tipo de medicamento. Apesar do quadro preocupante, há medidas que podem frear o aparecimento de micro-organismos resistentes:
O que você pode fazer
• Ter uma boa higiene. Lavar as mãos com frequência com água e sabão previne doenças e a necessidade de uso de antibióticos.
• Cozinhar bem alimentos, como carnes, e manipulá-los higienicamente. Assim evita-se doenças transmitidas por alimentos.
• Tomar antibióticos só quando necessário e não interromper o tratamento sem recomendação médica.
O que profissionais da saúde devem fazer
• Aderir ao uso racional de medicamentos.
• Orientar os pacientes quanto ao uso correto dos medicamentos.
O que órgãos governamentais já estão fazendo
• A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou a sua Estratégia Global para Conter a Resistência Antimicrobiana, um documento que estimula os governos a tomar medidas para ajudar a conter a resistência aos antibióticos.
• No Brasil, para inibir a automedicação e ter maior controle sobre as prescrições, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou que farmácias só vendam antibióticos mediante apresentação e retenção de receita.