Reconstrução do seio é um direito da mulher
Toda paciente em tratamento contra o câncer de mama pode e deve passar pelo procedimento, que tende a ajudar na reabilitação ao fortalecer a autoestima e a feminilidade.
A retirada das mamas (mastectomia) por causa do câncer é, sem dúvida, uma difícil realidade – especialmente devido à importância que elas têm para a feminilidade. A reconstrução dos seios, porém, aparece como alternativa que contribui não só para a melhora da autoimagem como para uma reabilitação menos traumática.
Fazer cirurgia plástica reparadora da mama pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é um direito garantido por lei. Em alguns casos, o procedimento é realizado logo após a retirada do câncer – o que é mais vantajoso, pois, além de evitar novas cirurgias, o resultado estético tende a ser melhor.
Entretanto, quando é necessário fazer radioterapia, ou existem outros impasses que dificultam a reconstrução imediata, entre eles anorexia e problemas circulatórios, o procedimento tem que ser postergado. Planos de saúde também cobrem a reconstrução mamária. Já em hospitais particulares, a intervenção, considerada de alta complexidade, custa entre R$ 15 e R$ 20 mil.
Pelo SUS, a paciente deve exigir o agendamento da cirurgia no próprio local do tratamento. Se não estiver em tratamento, ela precisa se dirigir a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e solicitar o encaminhamento para uma unidade especializada em cirurgia de reconstrução mamária.
Se o procedimento for realizado pelo plano de saúde, é essencial que a mulher converse com o médico responsável pela mastectomia. Ele poderá auxiliá-la no contato com o cirurgião plástico.
Em caso de cirurgias plásticas particulares, o ideal também é buscar indicações com médicos de sua confiança. Outra opção é consultar diferentes especialistas inscritos na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Peça orçamentos e tire todas as dúvidas antes de se decidir pelo profissional que fará o procedimento.
Tipo de cirurgia varia de caso a caso
Vale destacar que os resultados da reconstrução dos seios variam muito e pode ser necessário fazer mais de uma cirurgia. Portanto, é importante que a paciente não tenha pressa. Saiba ainda que, em geral, as cicatrizes ficam visíveis e há perda de sensibilidade na região. No entanto, ela pode voltar com o tempo.
Existem diferentes técnicas de reconstrução e o tipo mais adequado para cada mulher é definido caso a caso. Conheça abaixo algumas delas e tenha em mente: antes de se submeter a qualquer procedimento, questione, junto ao médico, os benefícios e riscos de cada tipo de cirurgia.
• Prótese de silicone: é uma técnica indicada para os casos de mastectomia em que não houve retirada de grande quantidade de pele. É normalmente realizada no mesmo ato cirúrgico do tratamento contra o câncer.
• Expansores: o expansor de tecido é semelhante a uma prótese vazia colocada sob a pele normal, e que, gradualmente, é inflado com soro fisiológico de modo a expandir o tecido até alcançar um tamanho semelhante à mama que se deseja reproduzir. Posteriormente, uma prótese de silicone definitiva é incluída para preencher o seio.
• Transferência de retalhos de pele: um segmento de pele e tecido gorduroso, geralmente retirado da região abdominal ou dorsal, é levado ao local a ser operado. A cirurgia com retalhos tem a vantagem de repor tecidos no tórax que foram retirados ou danificados e, nesse caso, não poderiam ser utilizados para a reconstrução com expansores de tecidos.
Gostou deste conteúdo? Cadastre-se agora e receba gratuitamente informações da PROTESTE!