Todos nós sabemos que remédios em excesso fazem mal e, para idosos, o cuidado deve ser ainda maior. Porém, muitos deles não se dão conta de que alguns problemas de saúde poderiam ser aliviados com a adoção de hábitos de vida mais saudáveis, como dieta e exercícios físicos.
As mesmas substâncias que prolongam a vida e o bem-estar dos idosos também podem causar efeitos indesejados. Na terceira idade, o organismo passa por alterações cardiovasculares, neurológicas e respiratórias, entre outras, e a função de órgãos como fígado e rins, fundamentais na metabolização e eliminação de substâncias, vai diminuindo com o passar do tempo. Essas mudanças contribuem para que os remédios, por exemplo, sejam eliminados mais lentamente e fiquem mais tempo que o necessário no organismo do idoso.
Prescrição e consumo exagerados
Além disso, o que se nota é uma prescrição médica “em cascata”, ou seja, a indicação de vários fármacos associados, algo que os idosos brasileiros conhecem bem. Em um primeiro momento, o paciente busca uma solução para uma dor localizada, por exemplo. O médico receita a ele um medicamento que elimina a dor, mas, causa também prisão de ventre. Ele, então, volta ao médico com a queixa de que seu intestino não está funcionando e sai do consultório com a prescrição de outro remédio na mão.
No entanto, diversos estudos científicos indicam que o uso de mais de três remédios associados pode resultar em efeitos adversos imprevisíveis, ou seja, aqueles não cogitados pelos fabricantes. E quem usa mais de nove substâncias tem praticamente 100% de chances de sofrer com efeitos colaterais.
Dieta e exercícios são fundamentais na terceira idade
É possível, contudo, reduzir o consumo de medicamentos, adotando hábitos mais saudáveis, como uma alimentação equilibrada, exercícios físicos regulares e vida social ativa, detalhes que fazem toda a diferença para o idoso. A atividade física pode aumentar a massa muscular, regular o intestino e melhorar o equilíbrio. Além disso, deixa a pessoa mais tranquila e desenvolta, inclusive socialmente.
Os exercícios ainda liberam hormônios, como o do crescimento (com ação benéfica sobre a pele, a musculatura e a quantidade de cálcio para os ossos), a testosterona, entre outros, que dispensariam o uso de alguns medicamentos. Uma alimentação adequada e bem orientada, por exemplo, também pode substituir remédios para combater o problema da prisão de ventre.