Há cerca de dois anos, o vírus do sarampo havia sido considerado erradicado do Brasil. No entanto, a confirmação recente de casos nas Regiões Norte e Sul e suspeitas no Sudeste reacenderam o alerta para a doença, que pode ser prevenida por meio de vacina.
Contagioso e muito comum na infância, o sarampo apresenta febre acompanhada de tosse persistente, irritação ocular e corrimento do nariz como sintomas iniciais. Após essa fase, geralmente, surgem manchas avermelhadas no rosto, que migram para os pés, com duração mínima de três dias.
O vírus pode atingir as vias respiratórias, causar diarreias e infecções no encéfalo. Também pode causar infecção nos ouvidos, pneumonia, lesão cerebral e até a morte.Essas complicações, no entanto, tendem a atingir com mais força os desnutridos, os recém-nascidos, as gestantes e pessoas com baixa imunidade.
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Como a doença é transmitida?
De pessoa a pessoa, geralmente por tosse, espirros, fala ou respiração, por isso o contágio é tão fácil. Além de secreções respiratórias ou da boca, também é possível se contaminar através da dispersão de gotículas com partículas virais no ar.
A doença é transmitida na fase em que a pessoa apresenta febre alta, mal-estar, coriza, irritação ocular, tosse e falta de apetite e dura até quatro dias após o aparecimento das manchas vermelhas.
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Como prevenir o sarampo?
A única forma de prevenção é a vacinação. A vacina está disponível gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde e Clinicas da Família.
Somente os lactentes, cujas mães já tiveram sarampo ou foram vacinadas, possuem anticorpos transmitidos pela placenta, que conferem imunidade geralmente até o primeiro ano de vida.
Os principais grupos de risco são bebês de 6 meses a adultos de 39 anos de idade.
Qual é o esquema de vacinação para as crianças?
As crianças devem ser vacinadas duas vezes contra a doença: a primeira dose deve ser dada aos 12 meses, através da Tríplice Viral (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola). Já a segunda dose, entre os 15 meses e 2 anos, através da Tetra Viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela).
Adultos que não sabem se tomaram a vacina também podem se imunizar através da Tríplice Viral, seguindo o esquema de duas doses até os 29 anos (com intervalo mínimo de um mês entre elas) e uma dose entre 30 e 49 anos.
Vale citar ainda que, segundo especialistas, quem tem mais de 50 anos não precisaria procurar os postos de saúde. Isso porque considera-se que a chance de alguém com essa idade já estar imunizado por já ter contraído a doença quando criança é extremamente alta.
De qualquer forma, se a pessoa vive num lugar onde está ocorrendo surto e nunca tomou a vacina, é importante buscar orientação médica pois a vacina (Tríplice Viral) pode ser recomendada, em dose única.
A vacina é contra-indicada para grávidas (podendo ser aplicada no puerpério e durante a amamentação) e para pacientes com o sistema imunológico comprometido (porque é composta por vírus vivo atenuado).
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