Transtorno bipolar: conheça o tratamento
Veja as causas do transtorno bipolar e saiba como é feito o tratamento dos sintomas. Acesse a notícia da PROTESTE e leia mais sobre a bipolariadade.
Céu ou inferno. São nesses dois extremos que o portador do transtorno bipolar habita, oscilando entre períodos de mania, em que sente uma energia descomunal, e o abismo desolador da depressão. Tido como um dos mais graves distúrbios de humor, é pernicioso tanto para o portador quanto para seus familiares. E tem, ainda, um considerável peso sobre a sociedade, pois sua frequente incapacitação, especialmente o afastamento do trabalho, gera custos anuais que chegam a bilhões de reais.
A bipolaridade trata-se de uma condição que, embora ainda sem cura, é tratável. A combinação indispensável entre medicação e psicoterapia permite ao portador uma vida praticamente normal. Além disso, a adoção de hábitos saudáveis como praticar exercícios físicos regulares, ter um bom sono e evitar bebidas alcoólicas e drogas é um complemento imprescindível ao tratamento.
Ainda não se conhecem as causas do transtorno bipolar, classificado, em ordem decrescente de intensidade, em três tipos TB-I, TB-II e transtorno ciclotímico , mas acredita-se que seja uma doença predominantemente neurobiológica e com um importante fator genético. Assim como em outros distúrbios mentais, como depressão e esquizofrenia, ocorrem alterações na regulação dos neurotransmissores serotonina, dopamina e noradrenalina.
É uma condição cíclica, pois um episódio tende, com 50% a 90% de probabilidade, a promover outro no futuro. É também crônica, já que os sintomas, mesmo em pessoas em tratamento, podem persistir por toda a vida. Um histórico de estresses psicológicos e sociais, como a morte de uma pessoa próxima, pode deflagrar o transtorno em indivíduos já predispostos.
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Primeiros sinais na adolescência
Os sintomas iniciais costumam surgir entre o final da adolescência e o começo da idade adulta. Por isso, é importante que os familiares fiquem atentos a algumas das bandeiras vermelhas do distúrbio. Estas incluem estado de humor elevado, fala rápida, aumento da libido, desorganização comportamental, pessimismo, energia baixa, pensamento mais lento e dores no corpo nos episódios depressivos. Há, ainda, o estado de hipomania, que partilha os sintomas da mania, mas de forma mais branda, tanto que muitas vezes passa completamente despercebido.
O uso de álcool e de drogas, infelizmente frequente entre bipolares, agrava a evolução do distúrbio e, para piorar, prejudica a adesão ao tratamento. Como se não bastasse, aumenta em duas vezes o risco de suicídio, já elevado entre portadores da doença, sobretudo os mais jovens, dos quais 25% tentam, em algum momento, tirar suas próprias vidas.
A chave para diagnosticar o transtorno bipolar é um meticuloso processo de investigação, que deve levar em conta características como idade do primeiro episódio, alta recorrência de episódios depressivos, histórico familiar da doença e abuso de drogas.
Confira algumas dicas sobre o apoio da família aos portadores da bipolaridade
- Esteja por perto: apoie o paciente em momentos difíceis, tanto em fases depressivas quanto maníacas. Mantenha os medicamentos na dose certa e no horário prescrito.
- Calma durante a agitação: é muito importante ser firme e ter paciência, pois o relacionamento com o bipolar em fase de mania pode ser maçante para os familiares.
- Fique atento aos sinais: detecte junto a seu familiar bipolar os primeiros sinais de uma recaída. Se ele considerar como intromissão, afirme que seu papel é ajudá-lo.
- Alerte o médico: fale com o psiquiatra responsável pelo paciente imediatamente caso suspeite de que ele esteja tendo ideias de suicídio e desesperança.
- Controle os gastos: estabeleça regras de proteção durante fases de normalidade do humor, como retenção de cheques e cartões de crédito durante um episódio de mania.
- Estimule um bom sono: dormir bem é fundamental para o controle do humor. Auxilie a manter um bom sono e programe atividades antecipadamente.
- Evite julgamentos: não exija demais e não o superproteja. Ajude-o, se preciso, com algumas atividades. Procure não demonstrar sinais de preconceito que favoreçam o abandono do tratamento.
- Cuide-se: participe de terapias familiares em grupo, conjugais e de orientações psicoeducacionais.
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