Por conta desta onda de violência nas grandes cidades a PROTESTE realizou um estudo sobre segurança pública, que revela, entre outros aspectos, os crimes mais comuns, as cidades onde mais ocorrem e as consequências da violência no cotidiano dos brasileiros.
Um dos índices que mais chamou nossa atenção foi que 57% dos nossos entrevistados foram vítimas de algum crime entre 2010 e 2014 e 42% deles apenas no ano passado.
Do total deste crimes 66% das vítimas foram mulheres e quase 65% das ocorrências se deram com pessoas de 18 a 29 anos. Segundo os resultados de nossa pesquisa os criminosos no Brasil escolhem gênero e idade das vítimas.
No ano passado, 73% dos entrevistados da capital gaúcha sofreram com a criminalidade, enquanto em Salvador esse resultado alcançou 45%.
Entre as capitais, a menor incidência de crimes, segundo os participantes, foi no Rio de Janeiro, com 40% de vítimas entre 2010 e 2014 e 32% de vítimas no ano passado.
Cariocas são os que se sentem mais seguros
Apesar do alto índice de criminalidade, os entrevistados cariocas disseram que ainda se sentem seguros no Rio, enquanto os respondentes de Salvador são os que se sentem menos seguros, com 50%. Veja abaixo o nível de segurança das capitais:
Mais roubos durante a semana
De acordo com os nossos entrevistados, a maioria dos crimes no Brasil ocorre nos dias de semana, período em que as pessoas circulam mais pelas ruas, em função do trabalho e do estudo.
O tipo mais relatado durante a semana, com 83% dos casos, foi o roubo de carteira com agressão física. Nos finais de semana, esse tipo foi mencionado por apenas 17%dos entrevistados.
Outro crime típico registrado durante a semana nas grandes cidades é a invasão de domicílios, em que há confronto entre moradores e ladrões, com 82% dos casos.
Os demais tipos vão desde furto de objetos de dentro dos veículos (59%) a vandalismo de carros (73%).
Nos finais de semana, a ocorrência mais reportada por nossos entrevistados foi o roubo de carteira ou bolsa sem violência ou ameaça, com 55% dos casos.
Crimes em plena luz do dia
Engana-se quem pensa que os criminosos agem somente à noite. Na verdade, a metade dos crimes relatados pelos entrevistados ocorreu em plena luz do dia, sendo 26% à tarde e 25% pela manhã.
O período mais perigoso, de acordo com os respondentes, é entre o final da tarde e início da noite. Já o furto de objetos de dentro de automóveis dificilmente acontece pela manhã, período mencionado por apenas 4% dos participantes.
Outra curiosidade é que o local não faz muita diferença para a ocorrência de certos crimes. O roubo de carteiras, por exemplo, aconteceu em 18% dos casos em ruas afastadas ou desertas, contra 16% das ocorrências registradas em lugares próximos à casa dos entrevistados.
Ou seja, os assaltantes estão cada vez mais ousados, agindo até mesmo em locais onde a vítima é conhecida.
E quem pensa que está seguro nos shoppings deve ficar mais atento: 6% dos roubos de carteira sem violência aconteceram nesses estabelecimentos. Esse mesmo tipo de ocorrência também é comum em bares e na praia, mesmo que numa frequência bem menor.
Estar em casa também não é sinônimo de segurança. Entre as agressões físicas, 30% aconteceram dentro das próprias residências das vítimas.
E para se sentirem protegidas em seu próprio espaço, muitos brasileiros adotam diversas medidas de segurança que podem bloquear a ação de criminosos, como evitar abrir a porta para estranhos e adotar um cão de guarda.
Tipo de crimes mais comuns
57% dos entrevistados brasileiros sofreu algum crime no período entre 2010 e 2014, sendo o roubo de carteira ou bolsa sem violência responsável por 24% dos casos. Veja abaixo os crimes mais relatados pelos entrevistados nesse período:
56% sofrem violência psicológica
Segundo nossos entrevistados, em muitos casos, além de roubar carteiras ou bolsas, os assaltantes submetem as pessoas a um alto grau de violência psicológica. No Brasil, 56% das vítimas sofreram esse tipo de agressão.
Prova disso é que o impacto da criminalidade na saúde e no estado emocional da população foi considerado alto. No Brasil, 13% das vítimas precisaram de algum tipo de cuidado médico. A necessidade de apoio psicológico para superar algum trauma relativo à violência também foi percebida. Entre as vítimas, 17% relataram ter iniciado acompanhamento com terapeuta.
Para 60%, polícia não fará nada
44% não fizeram boletim de ocorrência junto à Polícia;
60% não prestaram queixa porque não acreditam que o órgão tomará alguma providência.
Veja abaixo os principais motivos para se evitar a Polícia:
Entrevistados são a favor da redução da maioridade penal
83% dos entrevistados acreditam que os criminosos devem ser punidos como adultos, mesmo sendo menores de idade.
Estado de alerta em casa e nas ruas
Embora muitos respondentes tenham dito que se sentem seguros, eles mantêm diversos cuidados para evitar situações de perigo, como assaltos. Veja a seguir as medidas de segurança mais comuns adotadas pelos entrevistados durante o dia.
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