Casas de festas: segurança ainda precisa melhorar
Ao visitar casas de festas, não deixe de verificar as saídas de emergência e os extintores, itens falhos em muitos dos estabelecimentos a que fomos no Rio e em São Paulo.
Ao procurar uma casa de festas para celebrar uma ocasião especial, tão importante quanto se preocupar com a decoração, a localização ou o bufê é atentar à segurança do local. Pois acidentes acontecem e o Brasil, infelizmente, possui alguns casos trágicos para nos lembrar disso. Assim, é preciso se certificar de que haja uma estrutura mínima para garantir a proteção de todos os convidados.
A má notícia é que a segurança de boa parte das 18 casas que visitamos, em caráter anônimo, no Rio de Janeiro e em São Paulo, segue, como nossos testes anteriores com casas de festas infantis e casas noturnas, se mostrando falha nesse quesito.
Casas do Rio: falhas em extintores e saídas de emergência
Das nove casas a que fomos no Rio, por exemplo, só uma – Espaço Seven – tinha um bom número de extintores de incêndio, em locais de fácil acesso e dentro da validade. Observamos inúmeras irregularidades, como na Casa do Alto e na Caravelas, onde esses dispositivos estavam em locais obstruídos, ou na Maison Royale, onde o extintor servia de apoio para gambiarras elétricas.
Para piorar, nenhum desses estabelecimentos na capital carioca tinham saída de emergência. Entretanto, quatro contavam com rotas de fuga, o que atenua a situação. Não encontramos, ainda, barras antipânico, fator também considerado menos grave em locais em que as celebrações ocorrem ao ar livre ou em salões sem paredes, como nos espaços Villa Cabral, Espaço Lonier e Maison Royale.
Quatro estabelecimentos em São Paulo sem barras antipânico
Já as também nove casas visitadas em São Paulo, normalmente com um número consideravelmente inferior de irregularidades em relação às do Rio, pecam nesse aspecto. Lá encontramos cinco locais, todos fechados, sem portas com barras antipânico, um cenário potencialmente grave. Nos outros aspectos de segurança, os estabelecimentos paulistas se mostram muito mais preparados.
Algumas casas poderiam melhorar sua acessibilidade. É o caso da Mansão Marion (SP), que tem uma escada muito extensa e não conta com elevador, e Espaço Seven e Club Lounge (RJ) e Casarão (SP).
Higiene de banheiros e cozinhas é ponto positivo do teste
Caso sua preocupação seja a higiene, pode ficar tranquilo, pois os banheiros das casas em ambas as capitais, com exceção do Espaço Lonier (RJ) e da Mansão Marion (SP), são limpos. As cozinhas em que conseguimos entrar também se encontravam em boas condições.
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