Finalmente teve início o recall dos 55 mil brinquedos Bindeez, doze dias depois de a Pro Teste notificar as autoridades e a empresa Long Jump pedindo providências para que iniciasse o processo de troca dos produtos. Os quatro modelos envolvidos no recall apresentam risco de contaminação por substância tóxica que induz a perda de consciência, colocando em perigo a segurança dos consumidores.
A empresa Long Jump, importadora no Brasil do brinquedo Bindeez, começou dia 21 de novembro o recolhimento do produto. A relação de todos os postos de troca do Bindeez está disponível no site da empresa (http://www.longjump.com.br/).
A troca poderá ser feita nos postos autorizados por qualquer item de igual valor ou, ainda, solicitar a devolução do dinheiro. Os modelos que passam pelo recall são os seguintes: kit de atividades (código LJ6026), kit bandeja e spray (código LJ6027), kit refil divertido (código LJ6025) e refil de bolinhas mágicas transparentes/brilham no escuro (código LJ6024).
Segundo a empresa é importante entregar, no momento da troca, a maior quantidade possível de "bolinhas", já que esse é o componente que apresenta possibilidade de alterações.
As bolinhas que compõem os brinquedos contêm uma substância que, caso engolidas, em contato com a água, pode ser transformar numa droga conhecida como ecstasy líquido, utilizada no golpe boa noite, Cinderela. O Bindeez já foi recolhido nos Estados Unidos, Canadá e Austrália.
Os interessados em solicitar a devolução do dinheiro devem entrar em contato com o SAC da empresa pelo telefone 0800-770-3993(ligação gratuita) ou pelo e-mail sac@longjump.com.br. Neste caso, o brinquedo deverá ser enviado à Long Jump, que custeará os gastos com a postagem. O funcionamento do SAC é das 8h às 18h, com atendimento estendido aos finais de semana das 9h às 17h.
A Associação de Consumidores PROTESTE exige medidas das autoridades brasileiras para evitar a repetição de problemas com brinquedos importados, porque as crianças não podem ficar a mercê de produtos com substâncias tóxicas, tinta tóxica (à base de chumbo) e nem de imãs que se possam se desprender, como anteriormente nos casos dos brinquedos da Mattel e da Gulliver.
A entidade defende um acompanhamento sistemático dos recalls realizados no exterior para garantir que de imediato sejam feitos também no Brasil, no caso de produtos vendidos no mercado interno, principalmente os produzidos na China, para garantir a qualidade.