Nesta sexta-feira (20/4), o Facebook Irlanda - que é o controlador de dados do Facebook para todos os usuários que não se encontram nos Estados Unidos e Canadá - enviou um comunicado com o seu posicionamento inicial sobre o uso indevido de dados, principalmente de usuários brasileiros, no já conhecido caso do Cambridge Analytica.
Entenda melhor o vazamento de dados do caso Cambridge Analytica
Nesse comunicado, a diretora de proteção de dados, Yvonne Cunnane, informa que a transferência dos dados do Facebook para a Cambridge Analytica, por meio da empresa GRS Limited, ocorreu sem a autorização do Facebook.
De acordo com ela, qualquer compartilhamento do app desenvolvido pela empresa GRS Limited, do professor da Universidade de Cambridge, Aleksandr Kogan, com a Cambridge Analytica foi um ato independente e que viola claramente as políticas de uso da plataforma.
O comunicado informa ainda que, uma vez que a Cambridge Analytica e a GRS Limited estão localizadas no Reino Unido, o Facebook tomou a inciativa de solicitar voluntariamente a assistência do ICO (Information Commissioner) daquele país.
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Em desacordo com a informação anterior manifestada pelo próprio Facebook – segundo a qual mais de 400 mil usuários brasileiros do Facebook poderiam ter sido atingidos –, a diretora afirma, baseada no pronunciamento de Aleksandr Kogan, que apenas dados de consumidores norte-americanos foram utilizados.
Por fim, Cunnane enfatiza providências de seguranças que vêm sendo tomadas desde 2014. Segundo ela, desde 2015, as formas de acesso à plataforma vêm sendo seriamente restringidas, pois, após denúncias do jornal The Guardian de que Kogan havia compartilhado informações do seu app com a Cambridge Analytica, ambos foram banidos do Facebook e notificados a deletar todos os dados impropriamente adquiridos.
Qual o posicionamento da PROTESTE?
Informamos que concordamos com Mark Zuckerberg, quando ele afirma que “o Facebook tem a responsabilidade de proteger os dados dos usuários e, se assim não o fizer, não merece continuar tendo-os como usuários”.
Por isso, aguardamos que até o dia 25/4, prazo estipulado em reunião oficial realizada no último dia 11 em Bruxelas, o Facebook responda às nossas perguntas e apresente soluções para o uso indevido de dados de milhões de usuários em todo o mundo.
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