Em diversas situações, os produtos tornam-se obsoletos pelo avanço tecnológico. Mas em outras vezes a não durabilidade é intencional e gera uma substituição forçada. Esse fenômeno, conhecido como obsolescência programada, é tido pelos ambientalistas como um dos primeiros problemas ecológicos enfrentados pelo mercado. E pode ser observada desde produtos de moda, como roupas e sapatos, até produtos eletrônicos de última geração, como smartphones e tablets, passando por eletrodomésticos e lâmpadas.
Para colocar em prática essa estratégia, a indústria atua em três frentes. Primeiramente, lançando, com cada vez mais frequência e estardalhaço, novas versões de produtos. A regra vale para artigos de alta tecnologia a eletrodomésticos, fazendo com que os consumidores "abandonem" os produtos atuais. Depois, incentivando o consumismo desenfreado, chamando a atenção do consumidor para novas versões de um mesmo produto. E, por fim, criando fortes apelos de marketing, despertando a necessidade ou o desejo das pessoas por novos produtos ou por versões melhoradas de produtos já existentes.
Volume de lixo tecnológico preocupa
Quando falamos de obsolescência programada, a questão mais preocupante é a do lixo eletrônico. Dados do Greenpeace apontam que o "tecnolixo" encontra-se entre as categorias de resíduo que mais crescem, devendo atingir a marca de 40 milhões de toneladas anuais em breve. Por isso, se a vontade de comprar um produto novo prevalecer, use sua consciência ecológica: dê de presente o antigo para um amigo ou parente e encaminhe para a reciclagem as embalagens dos novos produtos.
Evite trocar produtos que ainda tenham condições de uso. Faça uma avaliação crítica entre o que você quer e o que você precisa. Verifique se o que você vai comprar possui garantia ou peças de reposição, pois fazer produtos com conserto difícil é uma estratégia dos fabricantes para incentivar o consumismo e a corrida por novos produtos. E, por fim, pesquise: produtos semelhantes podem ter longevidade muito diferentes.