Você sabia que os colchões de espuma fabricados no Brasil só podem ser vendidos, nas lojas físicas ou pela Internet, se tiverem o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro)? Mas não foi sempre assim. A certificação só passou a ser obrigatória nos produtos vendidos pelo comércio a partir de fevereiro de 2015. E por que essa obrigatoriedade? O Inmetro testou e constatou que muitos colchões não atendiam a normas técnicas após receber diversas denúncias, entre elas a nossa.
A PROTESTE busca colaborar com diversos órgãos para que a legislação e a fiscalização melhorem a qualidade e a segurança dos produtos. Associe-se!
Em 2012, testamos colchões pela primeira vez e, desde então, encontramos vários problemas com esses produtos. Naquela ocasião, por exemplo, de dez modelos de casal com densidade 33 avaliados, apenas um foi considerado bom e outro aceitável. Três deles apresentaram densidade bem menor do que a informada na etiqueta, sendo eliminados, e outros cinco não foram indicados para a compra, por problemas na colagem e na pureza da espuma, pela má avaliação quanto ao conforto e na simulação de resistência ao desgaste.
Logo, os resultados foram bem ruins e decidimos encaminhar os resultados do teste ao Inmetro para que os problemas detectados fossem solucionados. Isso porque, ao optar por um produto com uma densidade específica, o consumidor procura conforto e a solução para alguns problemas de saúde, como insônia e dores no corpo. Contudo, ao receber um colchão com densidade diferente, pode acabar oferecendo risco para a sua saúde.
Colchão: como comprar

Em 2016, resultados melhores
Em 2016, o cenário encontrado foi bem diferente. Embora algumas marcas fossem as mesmas de quatro anos antes, optamos por avaliar outros modelos fabricados por elas já com o selo do Inmetro. Em relação à densidade, todos se mantiveram dentro da margem de erro permitida para indicação de densidade. Também acertaram nas informações que devem apresentar nas etiquetas e saíram-se bem quanto ao conforto proporcionado. Além disso, resistiram bem ao desgaste causado pelo uso prolongado que foi simulado em laboratório. O resultado geral? Seis produtos de boa qualidade disponíveis no mercado, graças à certificação.
No ano passado, as conclusões seguiram pelo mesmo caminho. Dos oito modelos avaliados, só dois tiveram notas medianas e os demais se saíram bem. O critério em que os produtos receberam as menores notas – e ainda assim aceitáveis – foi o conforto. Todos eles apresentaram as mesmas densidades que constavam em suas etiquetas, assim como as dimensões corretas (largura, comprimento e altura). Também foram fabricados com matéria-prima de qualidade e resistiram bem ao desgaste simulado. Isso significa que os colchões avaliados se manterão com a mesma rigidez mesmo após um bom tempo de uso. Veja 10 dicas para cuidar bem do seu colchão.
Portanto, se você quiser comprar um colchão de espuma, agora têm à sua disposição opções de melhor qualidade para escolher. E o que o selo do Inmetro atesta? Ele certifica que aquele produto atende às normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para a categoria colchões de espuma. Caso um vendedor lhe ofereça um produto sem o selo, faça uma denúncia ao Inmetro.

Gostou deste conteúdo? Cadastre-se agora e receba gratuitamente informações da PROTESTE! Se você é associado e precisa de ajuda, ligue para nosso Serviço de Defesa do Consumidor pelo 0800 282 2204 (de telefone fixo) ou (21) 3906-3900 (de celular).