A PROTESTE Associação de Consumidores está preocupada com a forma como os bancos fazem a oferta de serviços durante a operação nos caixas eletrônicos, o que pode prejudicar o consumidor. As instituições têm intensificado a oferta para contratação dos serviços nas telas dos caixas eletrônicos de tal forma que pode induzir o consumidor a erro, contratando serviços que não deseja.
Para a Associação, essa prática abusiva fere o Código de Defesa do Consumidor. E também compromete a segurança do consumidor, na medida em que o obriga a passar mais tempo no caixa para executar as operações. Com isso, aumentam os riscos de ser vítima de assalto ou um seqüestro relâmpago, ou ainda de ter as senhas copiadas ou clonadas. Além de ser levado a gastar mais do que planeja, incentivado pela oferta da instituição.
Foi enviado ofício ao Banco Central exigindo a fiscalização para barrar essa prática comercial. A PROTESTE recomenda redobrar a atenção na hora de sacar, fazer um pagamento ou tirar um extrato, no caixa eletrônico, para não acabar contratando um empréstimo, um consórcio ou ainda um seguro de cartão de crédito, sem que se deseje.
A estratégia dos bancos de colocação de muitas opções em uma mesma tela exige mais tempo do consumidor até localizar o item desejado. São telas e mais telas até o fim de cada uma das operações. Isto explica a resistência das pessoas mais velhas em usar o caixa eletrônico, além da dificuldade que geralmente têm com produtos tecnológicos mais modernos.
Há bancos em que as ofertas de produtos financeiros aparecem logo no início da operação, com um ícone em destaque no meio da tela, induzindo o consumidor a clicar para adquirir o serviço ou produto.
Há casos em que no meio de uma operação, depois de já ter digitado a senha a operação é interrompida com a mensagem do produto anunciado confundido o consumidor. Em outros apenas no canto inferior é que aparece a tecla "início", para que o cliente comece a operação sem contratar o serviço.