A redução do imposto não reduz de imediato o preço do automóvel porque muitos seguros usam como referência a Tabela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), atualizada mensalmente com o preço médio dos veículos no Brasil. Por isso o impacto no valor do seguro pode demorar alguns meses.
Os consumidores que não querem que o seu carro sofra depreciação em caso de indenização, o jeito é optar por contratar o seguro na modalidade de valor determinado e não na modalidade valor de mercado referenciado, que geralmente é atrelado à Tabela FIPE. Na modalidade de valor determinado o segurado recebe de indenização o valor combinado previamente com a seguradora no início do contrato.
Mesmo com a redução do IPI outros motivos podem não diminuir o seguro do automóvel, devido ao aumento nas vendas de automóveis, que aumenta o número de carros circulando nas ruas e o número de acidentes. Segundo dados da SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) houve um aumento de aproximadamente 7% no número de sinistro, no período de janeiro a abril, se comparado os anos de 2011 e 2012.
Devido as constantes quedas na taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) as seguradoras que possuem suas aplicações em operações financeiras, recebem retornos menores nos investimentos e acabam repassando o prejuízo para os consumidores.
O fato é que somente a redução no IPI do automóvel não é capaz de reduzir o valor do seguro, visto que o cálculo considera diversas variáveis para compor o preço final.