Em plena era digital, muitas bibliotecas estão plugadas às
novidades, mas algumas ainda precisam melhorar. Essa é a principal conclusão a que chegamos no
estudo que fizemos em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. Visitamos 10 bibliotecas de cada uma dessas capitais, totalizando 30 estabelecimentos. E verificamos, em cada um desses espaços, as condições físicas (como limpeza e conservação), bem como a acessibilidade a cadeirantes. Nossos colaboradores também solicitaram o empréstimo de três obras diferentes, para testar a busca, o empréstimo e a reserva de livros. E vimos que as bibliotecas possuem as obras, mas elas nem sempre estavam disponíveis.
As bibliotecas precisam ser um espaço de convivência. Inclusive no que diz respeito à qualidade do acesso à Internet, que ainda está longe de ser o ideal em alguns locais. O horário de funcionamento também foi um fator que chamou a nossa atenção. Enquanto em Curitiba as bibliotecas ficam, em média, 12 horas por dia abertas, no Rio de Janeiro o horário de funcionamento não chega a oito horas diárias.
Poucas oferecem atividades culturais
Também levamos em consideração se as bibliotecas ofereciam uma programação cultural gratuita, com apresentações de peças de teatro, shows, exposições, oficinas, palestras, filmes e jogos. E analisamos se elas ofereciam o serviço itinerante para aproximar o acervo dos leitores que residem em regiões afastadas. Infelizmente constatamos que pouquíssimos espaços contavam com essas atividades.
Para se construir um ambiente agradável e acolhedor, a biblioteca deve ter um padrão mínimo de limpeza e conservação. Nesse aspecto, todas foram bem avaliadas. Entretanto, detectamos falhas no horário – que era limitado –, a falta de conteúdos e serviços extras e o acesso deficitário às pessoas com mobilidade reduzida – nesse quesito, encontramos problemas em 12 das 30 bibliotecas que visitamos. Veja no menu ao lado a relação completa das bibliotecas aqui.