Essas cicatrizes marcam cada vez mais os brasileiros, como constatou nossa pesquisa que ouviu cerca de 5 mil pessoas, de 18 a 64 anos, de cinco países: Bélgica, Itália, Portugal, Espanha e Brasil.
Brasileiros mudam mais de escola devido ao bullying
Os brasileiros foram os que mais relataram ter mudado de escola (28%) e idealizado o suicídio (17%). As ofensas que levaram a isso foram principalmente os apelidos depreciativos (79%) e as mentiras espalhadas sobre eles (50%).
O que surpreende é saber que esses ataques ocorreram em grande parte dentro da própria sala de aula (56%), seguida pelos corredores da escola (49%).
Pais devem conversar com filhos e incentivar a confiança deles
É fundamental que os pais das vítimas desses ataques tomem medidas, como estabelecer diálogo com elas sobre a situação e estimular sua confiança e autoestima. A intervenção de amigos do estudante também é eficaz para reduzir as agressões.
Segundo o estudo, mobbing e cyberbullying, ou bullying transposto ao ambiente de trabalho e à Internet, respectivamente, afligem mais os brasileiros do que os participantes dos outros países.
Mobbing: um terço dos brasileiros passou por alguma situação
Cerca de 1/3 deles declarou ter passado por alguma situação de mobbing nos últimos 12 meses, como sobrecarga de tarefas e controle excessivo do trabalho – o que ocorre com mais frequência em trabalhos temporários, como estágios.
Internautas do país também lideram a pesquisa em queixas relacionadas ao cyberbullying, em que são atacados em redes sociais ou por e-mail, principalmente por desconhecidos (56%). Em ambas as situações, no entanto, a reação dos brasileiros foi passiva, tentando ignorar os ataques ou não tomando qualquer atitude a respeito.