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Espaços infantis em shoppings oferecem riscos às crianças
Encontramos falta de informação e falhas na segurança contra incêndio e dos brinquedos em estabelecimentos do Rio, São Paulo e Pernambuco. PROTESTE pede providências aos Bombeiros e ao Procon.
26 maio 2017 |
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Ir ao shopping com as crianças é sempre uma boa opção de programa. Afinal, elas podem ficar brincando nos espaços infantis, enquanto você vai às compras. Mas, já passou pela a sua cabeça se essas áreas exclusivas são mesmo seguras? Pensando nisso, visitamos dez estabelecimentos em shoppings do Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco, com objetivo de verificar se estão seguindo as normas de segurança para evitar que os pequenos corram riscos.

Contudo, os resultados não foram muito diferentes do nosso estudo anterior, divulgado em fevereiro de 2015. Em relação às medidas de segurança contra incêndio, com exceção de um espaço, todos pecaram em algum ponto. Identificamos ainda problemas na falta de clareza nas informações, ora desatualizadas, ora contraditórias, o que contraria o Código de Defesa do Consumidor. Diante disso, a PROTESTE está pedindo providências ao Corpo de Bombeiros e ao Procon para que as crianças possam estar protegidas e seguras ao se divertirem.

Constatamos que apenas o Animasom (Shopping Leblon – RJ) se destacou ao expor, de forma correta, alvará, certificado do Corpo de Bombeiros, preços, horários e capacidade de lotação. Vimos também que há uma grande variação de valores cobrados para os períodos (15, 30 e 60 minutos), além do uso de fichas, no caso do Magic Games (Shopping Santana – SP), a R$ 3 cada.

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Embora os brinquedos tenham sido considerados seguros, deixaram a desejar em alguns pontos. Em São Paulo, no Espaço Curumim, no Shopping Iguatemi, identificamos uma mesa de madeira com farpas soltando e o chão molhado. E no Magic Games, no Shopping Santana, não havia instrutor exclusivo na piscina de bolinhas.
Em Pernambuco, encontramos problemas nos três espaços: Pingo Feliz e Pequenos Moleques (Shopping Recife) e Pequenos Moleques (Shopping Riomar): o pula-pula não possui proteção para evitar que crianças acessem a parte inferior. Já no Rio, verificamos que o "brinquedão" (como é conhecido popularmente) do Village Kids (Shopping Village Mall) apresenta uma chapa mal instalada na parte do escorrega, o que pode gerar acidentes durante a diversão. No Kids Place (Shopping Tijuca) e Mundo Happy Bee (Ilha Plaza Shopping), constatamos que as bolinhas da piscina estão em péssimo estado.

Atentamos também para a falta de banheiros dentro de alguns espaços infantis de shopping, que pode criar um transtorno sobre quem vai levar a criança em um banheiro externo, caso seja preciso. A ausência de câmeras de segurança nos ambientes é outra falha grave. Identificamos a falta de equipamentos no Magic Game e no Clubinho do Espirro (Shopping Santana – SP) e no Mundo Happy Bee (Shopping Ilha Plaza – RJ).

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No que se refere à sinalização de rota de fuga, somente o Cidade Animasom (Shopping Leblon – RJ) possui as corretas indicações. Em quatro outros estabelecimentos, além de não identificarmos a sinalização, verificamos outros problemas que podem agravar uma situação de emergência. No Magic Game (Shopping Santana – SP), por exemplo, há teclas soltas no chão que levantam uma ponta cortante ao pisar. Já no Pingo Feliz (Shopping Recife – PE), a porta de entrada e saída tem um limitador de altura. No Kids Place (Shopping Tijuca – RJ) e no Pequenos Moleques (Shopping Recife – PE), as escadas não são antiderrapantes.

Em relação à presença de extintores de incêndio, dos dez espaços infantis avaliados, em um, Pingo Feliz (Shopping Recife – PE), o aparelho não foi localizado. E, em cinco, identificamos algum tipo de problema, como poucos extintores na área recreativa, sem a devida sinalização e em local de difícil visualização.

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