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Conta de luz continua muito alta e impacta orçamento

PROTESTE avalia que bandeiras tarifárias são ilegais e redução de 3% é irrelevante diante da alta de mais de 50% no ano passado. Entenda como funciona a cobrança e o que muda com a redução.
28 janeiro 2016 |
conta
Anunciada como benefício ao consumidor, a redução de 3% na conta de luz, a partir de fevereiro,  pela criação de novo patamar de cobrança da bandeira vermelha,  é avaliada como  irrelevante pela PROTESTE. "Tendo em vista os mais de 50% de reajuste no ano passado, a conta de luz continua pesando muito no orçamento. O consumidor paga caro por serviço de má qualidade", destaca Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da PROTESTE. 
 
Bandeiras tarifárias restringem direitos básicos 
 
Desde que houve consulta pública para discutir a implantação das bandeiras tarifárias, há quatro anos,  a PROTESTE vem contestando a legalidade da medida que impacta a capacidade dos consumidores de baixa renda de pagar tarifa, bem como a inflação. 
 
 
A PROTESTE reforça que a garantia de acesso aos serviços públicos essenciais, como a energia elétrica, é importante instrumento de distribuição de justiça social e ainda, um direito básico conforme o Código de Defesa do Consumidor. E as bandeiras configuram claro empecilho de cumprimento destas finalidades. 
 
Com as bandeiras tarifárias há repasse automático à conta de luz, que pode ser mensal, do custo adicional do acionamento das usinas termelétricas. Os valores cobrados pela energia passam a flutuar de acordo com a necessidade do uso dessas geradoras mais caras. 
 
 
Só não há acréscimo na conta quando vigora a bandeira verde, que significa custos baixos para gerar a energia. Desde que a medida foi implantada, o consumidor sempre pagou pela bandeira vermelha, a mais cara. 
 
Como funciona a cobrança 
 
Dependendo das usinas utilizadas para gerar a energia, esses custos podem ser maiores ou menores. Antes das bandeiras, essas variações de custos eram repassadas no reajuste seguinte, um ano depois. 
 
Quando é bandeira vermelha, o adicional cobrado proporcional ao consumo era até agora de R$ 4,50 por 100 kWh. Quando é bandeira amarela, o acréscimo era de R$ 2,50 por 100 kWh. A esses valores são acrescentados os impostos vigentes. 
 
O que muda
 
A partir da próxima segunda-feira, 1º de fevereiro, a bandeira vermelha passará a ter dois patamares: R$ 3,00 e R$ 4,50, aplicados a cada 100 kWh (quilowatt-hora) consumidos, e a bandeira amarela passará a R$ 1,50, aplicados a cada 100 kWh. Os novos  valores, segundo a Aneel permitirão maior flexibilidade e aderência frente às variações dos custos de geração de energia.
 
Até fevereiro de 2015, para cada 100 kWh consumidos (ou suas frações), a bandeira vermelha era de R$ 3,00 e a amarela de R$ 1,50. A partir de março de 2015, para cada 100 kWh consumidos (e suas frações), a bandeira vermelha passou a ser de R$ 5,50 e a amarela de R$ 2,50. Em setembro de 2015, a bandeira tarifária vermelha foi reduzida de R$ 5,50 para R$ 4,50 a cada 100 kWh consumidos (ou suas frações).

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