Segundo os organizadores do Fórum, os consumidores de energia elétrica, sejam eles residenciais, comerciais ou industriais, encontram-se extremamente vulneráveis no País. O setor elétrico está sendo conduzido para uma política de liberação dos preços, a exemplo do que ocorreu no setor de derivados de petróleo. E essa não é uma boa notícia para os consumidores. A tendência é o aumento de tarifas, resultado tanto da liberação de preços quanto dos leilões de energia entre geradores e distribuidores, sem falar na crise de produção que ainda não foi plenamente superada. O Fórum pretende articular um movimento social para negociar mudanças nas medidas propostas, que estão sendo conduzidas de forma impositiva e em um contexto de transição de governo.
A primeira atividade do Fórum ocorreu ainda em agosto, quando a PROTESTE entrou com uma medida cautelar, para em seguida encaminhar uma Ação Civil Pública contra o Ministério das Minas e Energia e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para proteger o consumidor do risco de um racionamento e de uma explosão tarifária. Um dos aspectos contestados é a Resolução 248, pois ela determina que o reajuste das tarifas passe a ser vinculado à variação do IGPM, do câmbio e do Mercado Atacadista de Energia. A argumentação da PROTESTE é que, com isso, o governo deixa de executar seu dever de controlar o preço da energia, um serviço público que deve ser garantido à população, segundo a Constituição Federal.